segunda-feira, 29 de setembro de 2008

"Acabou a festa"

A crise que atravessa a economia mundial acaba de nos mostrar um caminho interessante a seguir. O Congresso dos Estados Unidos já fala em acordo sobre o pacote de US$ 700 bilhões apresentado pelo governo americano.


Um dos pontos importantes do acordo é a limitação de salários dos executivos de Wall street. Claro, não é justo que exatamente os “responsáveis” por todos os acontecimentos continuem ganhando rios de dinheiro enquanto tantos investidores vão literalmente à falência. ”Acabou a festa”, anunciou a presidente da Câmara de Representantes americana, Nancy Pelosi. Espero que isso realmente aconteça e que esta medida possa ser estendidas a outros setores.

Outro ponto polêmico, mas louvável, do programa que usará US$ 700 bilhões foi a inclusão na proposta da necessidade do Tesouro enviar em cinco anos outra proposta para recuperar das empresas beneficiadas o dinheiro que o contribuinte tiver perdido com as operações. Esta medida foi bancada pelos democratas, que só aprovarão as medidas por saber que se não o fizerem a situação ficará pior.

Se Fernando Henrique tivesse feito o mesmo ao dar uma fortuna para salvar os bancos (PROER), o nosso dinheiro utilizado na operação já estaria de volta aos cofres públicos. Que isso sirva de lição aos nossos representantes, o dinheiro público precisa ser realmente utilizado para o bem público.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Odebrecht é expulsa do Equador

A mania de alguns empresários brasileiros de achar que para tudo há um jeitinho ameaça criar um grande imbróglio entre os governos do Brasil e Equador. A Odebrecht foi contratada para construir a hidrelétrica de San Francisco, localizada na província amazônica de Pastaza com uma potência instalada de 230 megawatts.

A hidrelétrica começou a funcionar em junho de 2007, mas parou suas operações no início deste ano por supostas falhas estruturais. Muitas obras financiadas com dinheiro público no Brasil já foram entregues e em menos de dois anos já apresentavam graves problemas estruturais. Aqui eles conseguem dar um jeitinho, lá não. O governo equatoriano exige que a construtora faça os reparos na obra sem qualquer ônus para o Equador. Muito grave também é que entre as acusações do governo equatoriano constam uma prática conhecida em nosso país por parte de alguns empreiteiros; o suborno às autoridades para obtenção de vantagens fiscais.

Este assunto precisa ser esclarecido. Em nova nota divulgada, a Odebrecht afirma que os problemas que resultaram na paralisação da usina decorreram de erupção do vulcão Tungurahua, e que esta possibilidade não havia sido considerada no projeto de engenharia de responsabilidade do governo equatoriana, afirmou ainda que a hidréletrica foi entregue com nove meses de antecipação e que so isso garantiu ao governo equatoriano mais de US$ 43 milhões adicionais.

O presidente equatoriano, no entanto, já ameaça inclusive não pagar o empréstimo de US$ 243 milhões contraídos no BNDES para a construção da hidrelétrica San Francisco, já que parte do dinheiro não chegou nem a entrar no Equador. Esta é uma regra bastante conhecida do BNDES pela qual o banco só financia obras de infra-estrutura no exterior se houver a exportação de bens e serviços de empresas brasileiras.

Rafael Correa acusou a Odebrecht de por duas vezes não aceitar assinar um acordo com o governo e que por conta disso só restava ao governo por em prática o “decreto de expulsão”, medidas tomadas contra a Odebrecht, que incluem o embargo dos seus bens e a intervenção em outros quatro projetos em execução pela empresa no Equador, cujo montante dos contratos somam aproximadamente US$ 650 milhões. A coisa ta feia para a empresa brasileira.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Continuam querendo carona na popularidade de Lula

Com a atual alta na popularidade de Lula quase todos os candidatos a prefeito querem colar suas imagens à do presidente. Seria normal se isso estivesse acontecendo apenas com candidatos de partidos da base aliada do governo no Congresso. Entretanto, até mesmo candidatos do PSDB tentam pegar uma caroninha no bom momento do governo.

Em São Luís, temos um exemplo claro dessa postura oportunista. Antes de o Lula declarar seu apoio ao candidato Flavio Dino, – que tem como candidato a vice, Rodrigo Comerciário do PT, mesmo partido do presidente – até mesmo o candidato a prefeito do PSDB, João Castelo enaltecia o atual governo.

Em seus discursos, Castelo tenta minimizar a declaração de apoio afirmando que o presidente não tem dono. Ora, claro que todos nós sabemos que o presidente não tem dono. É óbvio, no entanto, que Lula tem um lado. A história de Flávio Dino em defesa de um governo popular encabeçado por Lula desde 1989 justifica a escolha do presidente.

São as tais coisas da “política”. Alguns políticos que agem dessa forma ainda não perceberam que a população já está escolada e não cai mais nestas armadilhas.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Polícia Federal ainda desconhece o teor dos HD's do banqueiro Daniel Dantas

Mesmo após quase três meses da apreensão de cinco discos rígidos no apartamento do banqueiro Daniel Dantas durante a operação Satiagraha, a Policia Federal ainda desconhece o teor das gravações dos HD’s. Os dados foram protegidos por senhas e os peritos da PF ainda não conseguiram acessar o conteúdo. Segundo fontes da própria PF, os peritos precisariam de pelo menos um ano para decifrar as senhas.

Sinceramente não posso crer que peritos precisem de tanto tempo para quebrar o firewall dos HD’s. Tudo bem que o sistema deve ser bem complexo, mas se assim não fosse, a PF não precisaria de peritos. Esperamos que a dificuldade em quebrar os códigos não esteja relacionada com o conteúdo dos HD’s. Muita gente não quer nem ouvir falar nestes discos rígidos.

O juiz federal fausto De Sanctis, que acompanha o caso já está cogitando até a possibilidade de obrigar judicialmente a empresa que criou o software a fornecer as senhas que abrem os arquivos. Não podemos aceitar que o conteúdo dos discos continue escondido das autoridades.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Respeito as Instituições

Os lideres sul-americanos deram nesta segunda-feira em Santiago do Chile um forte recado à oposição golpista da Bolívia. Não será aceita qualquer tentativa de golpe contra o governo do presidente Evo Morales.

Nove presidentes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) discutiram por mais de cinco horas as ações de terror provocadas pela oposição boliviana. A reunião foi convocada em regime de urgência pela presidente do Chile, Michelle Bachelet, atual presidente da Unasul, em virtude dos ataques a instalações do governo na Bolívia e um massacre no departamento de Pando, em que morreram partidários de Morales.

O recado dado pela Unasul é muito importante para que as Instituições Constitucionais sejam respeitadas. Não podemos aceitar que a decisão popular tomada através do voto não seja respeitada. O presidente Evo Morales mostrando respeitar os desejos democráticos, convocou recentemente um referendo para ratificar ou interromper seu governo. Ao final da contagem sagrou-se vencedor e a oposição não aceitou o resultado e reagiu invadindo e ocupando os prédios públicos.

Com a decisão tomada em Santiago, os líderes sul-americanos deixaram claro que não há possibilidade de um golpe civil ser aceito na América do Sul. Agora esperamos que os oposicionistas desocupem imediatamente os prédios públicos.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Agora é pra valer. O candidato de Lula no Maranhão é Flávio Dino

Aquilo que o blog já havia antecipado foi confirmado. Claro que o presidente Lula tem um candidato de sua preferência em São Luís. em participação recente no programa eleitoral de Flávio Dino, Lula deixa bem claro de que lado está ao pedir diretamente que quem o apóia deve votar no candidato da coligação “Unidade Popular” do PT e PCdoB.

Com a declaração de apoio, os outros candidatos que tentavam colar sua imagem à do presidente agora terão que rever suas estratégias de campanha. Pior ainda para o deputado Gastão Vieira que para dar mais credibilidade a sua tese de “candidato” de Lula colocou a senadora Roseana Sarney para afirmar que como vice líder do governo, ele seria o “representante” do Lula. Perdeu Gastão, que fez papel de bobo e perdeu a senadora que mostrou falta de articulação com o presidente.

De fato não consigo entender como estas pessoas poderiam achar que Lula teria outro candidato em São Luís que não fosse da chapa “Unidade Popular”. Com a participação de Lula no seu programa eleitoral Flávio Dino espera marcar de uma vez seu espaço em relação ao Governo Federal, e acentuar sua taxa de crescimento para rumar forte ao segundo turno.