As eleições desse ano são de
suma importância para os brasileiros e brasileiras que vivem o pesadelo de
sobreviver há quatro anos do governo de destruição protagonizado por Bolsonaro.
Um governo que desrespeita de forma tirânica os direitos básicos de nossa
população.
Mas a tarefa posta não se esgota em não eleger Bolsonaro; a
população precisa entender que precisamos eleger Lula ainda no primeiro
turno e derrotar o bolsonarismo. Para isso, entendemos que o ex-presidente
Lula precisa ampliar seu arco de alianças, inclusive dialogando com a centro
direita para vencer as eleições e isolar o bolsonarismo.
No Maranhão, nem diálogo houve. Flávio Dino para impor a Lula o
candidato de sua escolha pessoal ao governo do Estado, interviu no PT e o
aparelhou com políticos profissionais tradicionalmente de direita e que nada
têm em comum com os ideários petistas, além de trazer de volta ao núcleo
governamental o que há de pior em se tratando de personagens políticas no
Maranhão.
O governador-tampão Carlos Brandão, histórico do PSDB e leal
aliado de Aécio Neves, agora filiado ao PSB por Flavio Dino, apoiou o golpe
contra a presidenta Dilma, sempre foi militante da direita e representante dos
latifundiários, agora, com essa falsa máscara pessebista tenta enganar o
ex-presidente e a população maranhense para surfar na popularidade e força
eleitoral de Lula no Maranhão.
Não fosse a determinação e o engajamento de grande parte da base
do PT e a independência dos movimentos sociais e sindicais para contrapor todas
essas manobras elaboradas pelo palácio dos Leões, o rolo compressor do
governador-tampão estaria esmagando os sonhos dos trabalhadores do campo e da
cidade.
Os últimos sete anos trouxeram aos maranhenses, principalmente do
campo, a volta do medo e dos conflitos agrários por conta do desmonte dos
órgãos de fiscalização e apoio às comunidades tradicionais. A falta
de compromisso com os agricultores familiares é tão grande que Brandão entregou
a secretaria de agricultura familiar a um representante do agronegócio e mesmo
assim quer que Lula imponha aos trabalhadores o apoio à sua reeleição.
As lideranças sindicais, os representantes dos movimentos sociais
e grande parte da Base do Partido dos Trabalhadores não aceitaram a intervenção
de Flavio Dino no partido e juntaram-se à campanha do senador Weverton. Todo
esse grupo trabalhando com o objetivo de contrapor-se a essa onda de atraso
imposta pelo ex-governador e seus discípulos que depois de tanta luta e
sofrimento dos maranhenses tentam entregar o Maranhão de volta à família Sarney
e seus aliados históricos que mantiveram o estado entre os mais pobres do país
por décadas.