terça-feira, 23 de agosto de 2022

LULA não deveria ser muleta para o atraso


               





As eleições desse ano são de suma importância para os brasileiros e brasileiras que vivem o pesadelo de sobreviver há quatro anos do governo de destruição protagonizado por Bolsonaro. Um governo que desrespeita de forma tirânica os direitos básicos de nossa população.

Mas a tarefa posta não se esgota em não eleger Bolsonaro; a população precisa entender que precisamos eleger Lula ainda no primeiro turno e derrotar o bolsonarismo. Para isso, entendemos que o ex-presidente Lula precisa ampliar seu arco de alianças, inclusive dialogando com a centro direita para vencer as eleições e isolar o bolsonarismo.

No Maranhão, nem diálogo houve. Flávio Dino para impor a Lula o candidato de sua escolha pessoal ao governo do Estado, interviu no PT e o aparelhou com políticos profissionais tradicionalmente de direita e que nada têm em comum com os ideários petistas, além de trazer de volta ao núcleo governamental o que há de pior em se tratando de personagens políticas no Maranhão.

O governador-tampão Carlos Brandão, histórico do PSDB e leal aliado de Aécio Neves, agora filiado ao PSB por Flavio Dino, apoiou o golpe contra a presidenta Dilma, sempre foi militante da direita e representante dos latifundiários, agora, com essa falsa máscara pessebista tenta enganar o ex-presidente e a população maranhense para surfar na popularidade e força eleitoral de Lula no Maranhão.

Não fosse a determinação e o engajamento de grande parte da base do PT e a independência dos movimentos sociais e sindicais para contrapor todas essas manobras elaboradas pelo palácio dos Leões, o rolo compressor do governador-tampão estaria esmagando os sonhos dos trabalhadores do campo e da cidade.

Os últimos sete anos trouxeram aos maranhenses, principalmente do campo, a volta do medo e dos conflitos agrários por conta do desmonte dos órgãos de fiscalização e apoio às comunidades tradicionais.  A falta de compromisso com os agricultores familiares é tão grande que Brandão entregou a secretaria de agricultura familiar a um representante do agronegócio e mesmo assim quer que Lula imponha aos trabalhadores o apoio à sua reeleição.

As lideranças sindicais, os representantes dos movimentos sociais e grande parte da Base do Partido dos Trabalhadores não aceitaram a intervenção de Flavio Dino no partido e juntaram-se à campanha do senador Weverton. Todo esse grupo trabalhando com o objetivo de contrapor-se a essa onda de atraso imposta pelo ex-governador e seus discípulos que depois de tanta luta e sofrimento dos maranhenses tentam entregar o Maranhão de volta à família Sarney e seus aliados históricos que mantiveram o estado entre os mais pobres do país por décadas.

 

 


terça-feira, 16 de agosto de 2022

APESAR DO VERNIZ O CORONEL MOSTRA A CARA E O RANÇO

 


O governador-tampão Carlos Brandão mostrou mais uma vez que trocar de sigla não muda o posicionamento político-ideológico de ninguém. Por mais que o professor de Deus Flávio Dino tenha ungido e pintado seus postes de vermelho, os anos atrelados ao coronelismo os impedem de mudar o tratamento e as suas visões de mundo.

Em sabatina para o portal Imirante na manhã de ontem, o governador-tampão demonstrou toda a sua arrogância e desconhecimento em relação aos povos tradicionais do Maranhão. Com visão atrasada e colonialesca, em que desconhece os quilombolas como seres culturais de direito para transformá-los em algo que teríamos que “conviver”, a postura de Brandão é vergonhosa e inaceitável, principalmente sendo governador de um Estado que tem uma das maiores concentrações de quilombos do Brasil e devido ao grande número de escravizados em São Luis, construíram no bairro da liberdade o maior quilombo urbano do mundo.

Ao chamá-los de atrasados e tentar negar a importância da sua cultura ancestral, o governador-tampão desrespeita ainda mais a memória do povo negro que ajudou a construir a história do nosso Estado.

Como latifundiário, essa postura já era esperada, entretanto, como chefe do governo estadual e ungido à condição de novo pessebista por Flavio Dino e com a ajuda de marqueteiros pensavam ser possível enganar a população maranhense e esconder o ranço de coronel enraizado em Brandão. Não conseguiram; bastou um apertinho que logo apareceu o verdadeiro governador-tampão.

É de estranhar o silêncio dos “companheiros” do PT sobre mais essa agressão às comunidades tradicionais. Engraçado que alguns deles inclusive tentam bolsonarizar a todos que não comungam do seu projeto de poder e não enxergam que o bolsonarismo está dentro dos pensamentos e ações do governador tampão Carlos Brandão.