sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Conferência de Igualdade Racial mobiliza 15 mil pessoas em mais de 500 municípios por todo País

 
As etapas municipais e estaduais da III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (III CONAPIR) foram finalizadas de acordo com o cronograma, em 30 de agosto, contabilizando a participação de aproximadamente 15 mil pessoas em mais de 500 municípios. Todos os Estados já enviaram suas propostas para o debate nacional, que acontece de 5 a 7 de novembro, em Brasília, com o tema ‘Democracia e desenvolvimento sem racismo: por um Brasil afirmativo’.
 
Ao todo, 25 estados e o Distrito Federal tiveram êxito na realização de suas conferências, fase decisiva para o reforço das discussões entre a sociedade civil e o poder público sobre as políticas de enfrentamento ao racismo e de promoção da igualdade para a democracia plena e o desenvolvimento com justiça social. Apenas o Rio Grande do Norte organizou as discussões em caráter de plenária estadual, em função da revogação pelo governo local do decreto que convocava a conferência naquele estado.
 
Agora, enquanto a Comissão Organizadora Nacional cuida dos detalhes do evento em Brasília, incluindo a sistematização das propostas estaduais que terá a primeira versão concluída em 14 de outubro, as comissões nos estados estão reunindo seus delegados e delegadas para aprofundar a compreensão do texto-base, de modo a qualificar a participação na III CONAPIR.
 
“O sucesso das Conferências só foi possível graças ao trabalho das Comissões Organizadoras Estaduais (COE), que mobilizaram os diferentes segmentos interessados como governo, imprensa, sociedade civil, quilombolas, comunidades de matriz africana, entre outros”, explica o assessor Parlamentar da SEPPIR e coordenador da Subcomissão de Articulação e Mobilização da III CONAPIR, Artur Antônio, que faz uma avaliação positiva das Conferências Estaduais.
 
Preliminares - A avaliação tem como base os números preliminares das etapas municipais e estaduais da III CONAPIR. Levando em conta os dados dos 14 estados que preencheram o sistema da Conferência, já chegam a 500 os municípios que realizaram seus eventos. Faltam informações relativas a 13 unidades da Federação, o que indica que o resultado final será bem mais significativo.
 
“É importante destacar que a participação efetiva das comunidades quilombolas e de matriz africana demonstrou o crescimento político desses segmentos, cuja presença nessas etapas foi bastante importante. Também estamos dialogando com as Comissões Estaduais para preencherem todos os formulários do Sistema da III CONAPIR para melhor sistematização dos dados das Conferências Estaduais”, explica Artur.

Dez anos de Bolsa Família são comemorados com debates



Programa social do governo beneficia famílias que mantém filhos, entre 6 e 15 anos, matriculados nas escolas. De acordo com a diretora de currículos e educação integral do Ministério da Educação, Jaqueline Moll, o Bolsa Família não apenas leva para a escola, mas nela mantém, crianças cujas condições familiares desestimulam a permanência.

“As crianças dessas famílias que conseguiam chegar tinham vida curta na escola”, afirmou a diretora. “Viam-se muitas reprovações e saídas extemporâneas. O Bolsa Família tem nos ajudado a enfrentar essa questão”, completa.

Para a família receber o benefício, os filhos entre 6 e 15 anos devem estar matriculados na escola. A condição inclui o esforço para que crianças e adolescentes não apenas sejam matriculados, mas mantenham frequência mínima de 85% da carga horária — o patamar exigido na rede de ensino é de 75%. A cada dois meses, o governo monitora a frequência escolar de 15 milhões de crianças e jovens. 

O acompanhamento constante da frequência e as condições estabelecidas dão resultados. A taxa de aprovação dos estudantes da Bolsa-Família cresce de maneira constante. Passou de 80,5% em 2008 para 83,9% em 2011. Já a taxa de abandono em 2011 foi de 2,9%, enquanto a média nacional chegou a 3,2%. 

O debate conta com a participação de representantes dos ministérios da Educação e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, além de representantes da sociedade civil. O objetivo é aprofundar a discussão sobre os desafios ainda presentes para efetivação do direito à educação das crianças e adolescentes de famílias beneficiárias da Bolsa-Família e sua relação com as políticas educacionais. 

A relação entre o programa Bolsa Família e a educação foi tema de palestra realizada nesta quinta-feira, 26, em Brasília. Organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o evento faz parte do ciclo de debates sobre os dez anos do programa. 

O ciclo de palestras, que vai até o fim do ano, terá os temas Bolsa Família, Saúde e Consumo Alimentar, em 17 de outubro, em Salvador; Bolsa Família, Desenvolvimento Regional e Pobreza, em 20 de novembro, em Fortaleza; Gestão de Políticas Sociais: 10 Anos da Bolsa-Família, em 10 de dezembro, em Recife.

Fonte:
Ministério da Educação

 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Democracia e parceria - Luiz Inácio Lula da Silva




Nada, absolutamente nada pode justificar a interceptação de telefonemas e a invasão da correspondência reservada dos Presidentes da República de países amigos, ferindo a sua soberania e desrespeitando os princípios mais elementares da legalidade internacional. E é mais grave ainda que importantes autoridades norte-americanas tenham querido legitimar tal agressão com o argumento de que os EUA estariam “protegendo” os interesses dos nossos países.

À medida que a verdade dos fatos vai sendo revelada, fica evidente que, no caso brasileiro, além da Presidente Dilma Rousseff, a Petrobrás, nossa empresa petrolífera, também foi espionada pela NSA, o que desmente as alegadas – e já por si inaceitáveis – razões de segurança.

A inadmissível ingerência nos assuntos internos do Brasil e as falsas razões alegadas provocaram a indignação da sociedade e do governo brasileiros. A Presidente Dilma Rousseff já questionou diretamente o Presidente Barack Obama sobre o problema e aguarda uma resposta convincente, à altura de sua gravidade.

O governo brasileiro está tratando o caso com a maturidade e o sentido de responsabilidade que caracterizam a Presidente Dilma Rousseff e a nossa diplomacia – mas é impossível subestimar o impacto que ele pode ter, se não for adequadamente resolvido, para as relações Brasil-EUA.

Basta imaginar o escândalo e a comoção que aconteceriam nos Estados Unidos se algum país amigo interceptasse ilegalmente, sob qualquer pretexto, os telefonemas e a correspondência reservada de seu Presidente.

O que leva um país como os EUA, tão justamente ciosos de sua democracia e de sua legalidade internas, a afrontarem a democracia e a legalidade dos outros? O que faz pensar às autoridades norte-americanas que elas podem e principalmente devem agir de modo tão insensato contra um país amigo? O que as faz acreditar que não existe nenhum inconveniente moral ou político em desrespeitar o Chefe de Estado, as instituições e as empresas do Brasil ou de qualquer outro país democrático?

E o mais inexplicável é que essa flagrante ofensa à soberania e à democracia brasileiras acontece num contexto de excelentes relações bilaterais. O Brasil, historicamente, sempre valorizou as suas relações com os Estados Unidos. Nos últimos dez anos, trabalhamos ativamente, e com bons resultados, para ampliar ainda mais a interação econômica e política do Brasil com os EUA.  Mantivemos ótimo diálogo institucional e pessoal com os seus governantes. Apostamos em uma parceria de fato estratégica entre os dois países, baseada em interesses comuns, sem prejuízo do nosso esforço pela integração da América Latina e de um maior intercambio com a África, a Europa e a Ásia.

Para isso, não hesitamos em enfrentar a desconfiança e o ceticismo de amplos setores da opinião pública brasileira, ainda traumatizados pela participação direta do governo norte-americano no golpe de Estado de 1964 e o seu permanente apoio à ditadura militar (como, de resto, a outras ditaduras militares do continente). Nunca duvidamos de que aprofundar o diálogo e fortalecer os laços econômicos e diplomáticos com os Estados Unidos fosse a melhor maneira de ajudá-los a superarem aquela página sombria das relações interamericanas, e a sua política de ingerência autoritária e antipopular na região.

No episódio atual, se ambos os países querem preservar o muito que as nossas relações bilaterais avançaram nas décadas recentes, cabe uma explicação crível e o necessário pedido de desculpas dos EUA. Mais do que isso: impõe-se a sua decidida mudança de atitude, pondo fim a tais práticas abusivas.

Os EUA devem compreender que a desejável parceria estratégica entre os dois países não pode assentar-se na atitude conspirativa de uma das partes. Condutas ilegais e desrespeitosas certamente não contribuem para construir uma confiança duradoura entre os nossos povos e os nossos governos.

Um episódio como esse, por outro lado, demonstra o esgotamento da atual governança mundial, cujas instituições, regras e decisões são frequentemente atropeladas por países que muitas vezes confundem seus interesses particulares com os interesses de toda a comunidade internacional. Demonstra que é mais urgente do que nunca superar o unilateralismo, seja ele dos EUA ou de qualquer outro país, e criar verdadeiras instituições multilaterais, capazes de conduzir o planeta com base nos preceitos do Direito Internacional e não na lei dos mais fortes.

O mundo de hoje, como ninguém ignora, é muito diferente daquele que emergiu da 2ª Guerra Mundial. Além da descolonização africana e asiática, diversos países do sul se modernizaram e industrializaram, conquistando importantes progressos sociais, culturais e tecnológicos. Com isso, adquiriam um peso muito superior no cenário mundial. Hoje, os países que não fazem parte do G-8 representam nada menos que 70% da população e 60% da economia do mundo. Mas a ordem política global continua tão monopolizada e restritiva quanto no inicio da guerra fria. A maioria dos países do mundo está excluída dos verdadeiros espaços de decisão. É injustificável, por exemplo, que a África e a América Latina não tenham nenhum membro permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ou que a Índia esteja fora dele. A governança global precisa refletir o mundo contemporâneo. O Conselho de Segurança só será plenamente legítimo e democrático – e acatado por todos – quando as várias regiões do mundo participarem dele, e os seus membros não defenderem apenas os próprios interesses geopolíticos e econômicos, mas representarem efetivamente o anseio de todos os povos pela paz, a democracia e o desenvolvimento.

Esse episódio e outros semelhantes apontam também para uma questão crucial: a necessidade de uma governança democrática para a internet, de modo que ela seja cada vez mais um terreno de liberdade, criatividade e cooperação – e não de espionagem.

* Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente do Brasil

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Secma inaugura espaço Nauro Machado


A Secretaria de Estado de Cultura (Secma), por meio do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho (CCOCF), inaugurou, na segunda-feira (23), o Espaço Nauro Machado, em mais uma homenagem ao poeta ludovicense Nauro Diniz Machado, considerado um dos mais destacados escritores da atualidade no país. O local, que fica no interior do Centro Odylo Costa, filho (Praia Grande), servirá para saraus, encontros poéticos e recitais.

A solenidade, sem muita pompa como é o jeito de Nauro Machado, contou com a presença da secretária de Estado de Cultura, Olga Simão; da diretora do CCOCF, Ceres Costa Fernandes; do presidente da Academia Maranhense de Letras (AML), Benedito Buzar, da esposa do homenageado, a poetisa Arlete Nogueira Machado; do filho, cineasta Frederico Machado; além de escritores, jornalistas, membros da AML e convidados.

Olga Simão destacou a importância de Nauro Machado para a poesia maranhense e nacional. Além de enfatizar a trajetória do funcionário da Secma que desde 1980, como assessor cultural, vem prestando serviço e, o mais fundamental, levando experiência a quem o procura no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho.

"Uma homenagem ao nosso grande poeta pelo seu inestimável valor cultural para o Maranhão e para o Brasil, pela sua vasta obra literária reconhecida no exterior. Trata-se apenas de mais uma demonstração do nosso carinho, de muitas que ainda acontecerão, a este extraordinário escritor ludovicense", afirmou a secretária de Cultura, Olga Simão.

De seu modo autêntico, sincero, Nauro Machado agradeceu a inauguração de mais um espaço cultural em São Luís, onde o publico, incluindo escritores, poetas e intelectuais poderão dialogar sobre a literatura e temas variados. "Agradeço a diretora Ceres Fernandes pela lembrança do meu nome, pela Secretaria de Cultura em concretizar este local aos poetas. Sinto-me sem jeito por tão fabulosa homenagem porque aqui trabalho com muita alegria. Muito obrigado", disse o poeta de 78 anos.

Para a diretora do CCOCF, Ceres Fernandes, poder dar nome a um dos mais significativos escritores do Brasil a um local cultural, enquanto vivo, demonstra a sensibilidade do Governo do Maranhão em retribuição ao trabalho que tem realizado o poeta Nauro Machado a cultura maranhense. "Quem vier conhecer o Espaço Nauro Machado, a tardezinha, terá o prazer de bater um papo com o poeta. Oportunidade para poucos", salientou.

Poeta do Universo
Dono de uma vasta cultura literária, Nauro Machado é um desses raros autodidatas que têm como referência mais antiga, no século XIX, o carioca, romancista, contista e poeta, Machado de Assis, que também foi autodidata. Possui vasto conhecimento de filosofia e arte em geral, em especial em literatura e cinema, o poeta domina a língua francesa desde a tenra idade. Escritor profissional, sem dúvida um clássico de Língua Portuguesa, no melhor e mais amplo sentido do particular para o universal.

Nauro possui vários prêmios, destacando-se o de Poesia da Cidade de São Luís; o da Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1982; o da Academia Brasileira de Letras, em 1999, e o da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, em 2000. Ele é citado em enciclopédias e em dicionários nacionais e internacionais, tendo alguns de seus poemas traduzidos para vários idiomas como o alemão, inglês, francês e catalão, sendo publicados em antologias e revistas internacionais. O poeta está incluído em inúmeras antologias do Maranhão e do Brasil.


Fonte: secom

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Bancada do PT reforça apoio ao fim do voto secreto no Congresso

Às vésperas da votação da PEC do voto aberto na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), a Liderança do PT no Senado verificou uma nova face de democracia participativa.

Eleitores de todas as regiões do País ligaram para o gabinete para pedir os senadores petistas que voto pelo fim irrestrito do voto secreto no Brasil. Ao todo, foram registrados 538 telefonemas; dentre os quais, um teve origem na Inglaterra.
O eleitorado de São Paulo foi o que mais fortemente se posicionou, com 157 ligações. Em seguida aparecem Minas Gerais e Distrito Federal, de onde se originaram 60 e 45 chamadas, respectivamente. Apenas em três unidades da federação não foi registrado nenhum telefonema: Acre, Maranhão e Roraima.
A votação da PEC do voto aberto é uma resposta à sociedade depois que a Câmara dos Deputados, no dia 28 de agosto, decidiu manter o mandato do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato e formação de quadrilha. Com a pressão popular iniciada nas redes virtuais, a Câmara aprovou, por 452 votos a favor e nenhum contra, na terça-feira (3), a proposta.
Repercussão
Os deputados já haviam aprovado por unanimidade (383 votos) a PEC em primeiro turno, em 2006. Na ocasião, o líder do Governo no Congresso Nacional, José Pimentel (PT-CE), era deputado federal e também votou a favor do voto aberto no Parlamento. “Eu votei pelo fim do voto secreto, por entender que quem deve ter direito ao voto secreto é o eleitor. Nós somos representantes dos nossos eleitores e devemos tornar público o nosso voto. Por isso, na Câmara Federal, já votei favoravelmente a essa matéria e aqui no Senado vou manter minha coerência”, afirmou o senador cearense.
Autor da única PEC que tramita no Senado que acaba com todas as votações secretas no Congresso Nacional, a PEC 20/2013, Paulo Paim (PT-RS), em entrevista ao site da Liderança do PT no Senado, disse que a Bancada do PT na Casa não entende o motivo da proposta ainda não ter sido colocada em votação em plenário. “[Ninguém] está entendendo porque essa matéria não é votada no plenário, uma vez que ela foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e teve aprovado o calendário especial. Apesar disso, ela não aparece para deliberação dentro do calendário e nem fora. Eu não sei o porquê desse temor do voto aberto”, disse o senador.
Para a senadora Ana Rita (PT-RR), o voto aberto é fundamental para dar mais transparência ao trabalho do Legislativo e estreitar a relação entre o representante e o representado. “Caso já prevalecesse a transparência proporcionada pelo fim do voto secreto, seria outro o resultado da votação do parecer pela cassação. A verdade é que, na medida em que avançamos no processo de consolidação da democracia brasileira, não há mais como preservar o anacronismo representado pelo voto secreto”, disse.
Perda de mandato
Pelo texto da PEC, a declaração de perda de mandato sujeita à análise do plenário ocorrerá por votação aberta. É o caso de vedações constitucionais (ser proprietário ou controlador de empresa com contrato com empresa pública, por exemplo); de quebra do decoro parlamentar; e de condenação criminal em sentença transitada em julgado.

No caso do Senado, por exemplo, o voto secreto não será mais usado na aprovação de indicações de ministros dos tribunais superiores; de ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) feitas pelo Presidente da República; de presidente e diretores do Banco Central; do procurador-geral da República; de chefes de missão diplomática de caráter permanente; e da exoneração, de ofício, do procurador-geral da República antes do término do mandato.
Regimento Interno
Se a PEC for aprovada no Senado e promulgada, outras votações secretas previstas no Regimento Interno da Câmara passarão a ser abertas, como a eleição do presidente e demais integrantes da Mesa Diretora, do presidente e vice-presidentes de comissões permanentes e temporárias, dos membros da Câmara que irão compor a Comissão Representativa do Congresso Nacional durante o recesso parlamentar e dos dois cidadãos indicados para integrar o Conselho da República; e nas demais eleições.

Fonte: PT no Senado


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Aprovação do governo aumenta 6,8 pontos percentuais, mostra CNT




Na última pesquisa da CNT, em julho, o governo teve avaliação positiva de 31,3% da população, o que mostra um aumento de 6,8 pontos percentuais – ainda que inferior aos 54,2% de aprovação divulgados em junho. A avaliação negativa do governo chega a 21,9% dos entrevistados.

De acordo com a mesma pesquisa, Dilma venceria tanto o primeiro turno quanto um possível segundo turno – com 36,4% e 40,7% das intenções de voto, respectivamente.

O desempenho pessoal da presidenta foi avaliado como positivo por 58% dos entrevistados. O dado mostra aumento da aprovação de Dilma, que tinha avaliação pessoal em 49,3% na última pesquisa.

No total, 40,5% das pessoas desaprovam a gestão de Dilma. Em julho, o percentual era 47,3%; em junho, 20,4%.

Nesta edição, foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 135 municípios de 21 estados, entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro.

Fonte:Agência Brasil

Sancionada lei que destina royalties do petróleo para Saúde e Educação


A presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou sem vetos nesta segunda-feira (9), no Palácio do Planalto, o texto do projeto que destina 75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação. O documento determina ainda que 25% dos royalties devem ser usados para a pasta de saúde. A saúde pública deve receber R$ 83 bilhões em recursos ainda em 2013. O projeto foi aprovado na Câmara em 14 de agosto, depois de ter sido votado no Senado. O texto assinado pela presidenta é o mesmo aprovado nesta data pelo Congresso Nacional. 

Os recursos serão aplicados progressivamente - 75% dos valores para a educação e 25% para a saúde. O primeiro repasse, de R$ 770 milhões, deverá ser feito ainda em 2013; chegando a R$ 19,96 bilhões, em 2022; e ao total de R$ 112,25 bilhões, em dez anos.

Com relação ao Fundo Social do pré-sal, o texto prevê que 50% dos recursos sejam destinados para a educação, até que sejam atingidas as metas do Plano Nacional de Educação (PNE); e para a saúde. Conforme regulamentação posterior, o fluxo de dinheiro do Fundo para as duas áreas será diminuído.

A sanção foi baseada nos artigos da Constituição Federal, que definem que educação e saúde são direitos de todos os brasileiros e dever do Estado. Em seu discurso a presidenta Dilma reiterou o embasamento e destacou a importância dos investimentos. “É um investimento que precisa ser feito. Sem concentração de recursos não há investimento futuro e esses recursos estão sendo investidos para o futuro do povo brasileiro”, discursou. 

Plano Nacional de Educação 
Atualmente, o investimento total do Brasil na educação pública corresponde a 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB). O projeto de lei que cria o novo PNE, já aprovado pela Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado Federal, inclui uma meta para que o percentual de investimento na área seja ampliado para 10% do PIB. Pelo projeto, a expectativa é que, em até 15 anos, os rendimentos obtidos pelo fundo sejam suficientes para cumprir as metas do PNE e da saúde. A mudança, no entanto, vale apenas para os novos contratos da União. Os campos em atividade, que permaneceram controlados pelos governos estaduais, ficaram fora da proposta.

Dilma explicou que os recursos do pré-sal para a educação chegarão a R$ 112 bilhões em dez anos. "Começam com R$ 1,4 bilhão em 2014, devem saltar para R$ 3 bilhões em 2015 e para R$ 6 bilhões em 2016, chegando a R$ 13 bilhões em 2018", disse.

Royalties 
Royalties é uma palavra de origem inglesa que se refere a uma importância cobrada pelo proprietário de uma patente de produto, processo de produção, marca, entre outros, ou pelo autor de uma obra, para permitir seu uso ou comercialização. No caso do petróleo, os royalties são cobrados das concessionárias que exploram a matéria-prima, de acordo com sua quantidade. O valor arrecadado fica com o poder público.

Fonte:
Com dados da transmissão online da TV NBR
Com dados da Agência Brasil


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O que nos move é levar médicos para milhões de brasileiros, afirma ministro Padilha



Foi o que defendeu o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta quarta-feira (4), ao iniciar sua participação na sessão da comissão geral na Câmara dos Deputados para debater a Medida Provisória nº 621, que cria o Mais Médicos.

O ministro afirmou que a falta de médicos no Brasil e a má distribuição dos profissionais pelo país justifica a criação do programa. Segundo Padilha, nos últimos 10 anos, foram criadas 146 mil vagas para 1º emprego formal contra 93 mil formados. Ele lembrou que as cidades com os piores de Índice de Desenvolvimento Humano (UDH) terão médicos pela primeira vez com o Mais Médicos. São 701 municípios com uma população estimada em 12 milhões.

Sobre a vinda dos médicos cubanos para atuar no Brasil pelo programa, Padilha lembrou que o acordo firmado entre o Brasil e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), que possibilitou a vinda dos profissionais de Cuba, é o mesmo que os firmados por outros 58 países do mundo, inclusive de alguns que compõem a União Europeia, e que “não existe nenhum paralelo de trabalho escravo nas missões externas do trabalho médico de Cuba”.

  “Alguém acha que a União Europeia permitiria trabalho escravo em Portugal? Lá, até o presidente do sindicato dos médicos defendeu a presença dos cubanos, como forma de garantir a presença de médicos em áreas rurais”, argumentou, Padilha, que ainda lembrou que os cubanos têm emprego fixo em Cuba, com vínculo permanente, e que a participação em missões externas dá bônus a estes profissionais na carreira.

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, justificou a edição da Medida Provisória 621 pela urgência de se levar médicos a 770 municípios que não contam com nenhum médico. Ele ainda afirmou que não há nenhuma violação de trabalho ou condição de trabalho vulnerável na vinda de profissionais cubanos em parceria estabelecida com a Organização Pan-americana da Saúde (Opas).

Ao apresentar as diretrizes do programa, Padilha acrescentou que um outro efeito do programa, além de assegurar o atendimento médico da população, será o debate sobre o perfil dos profissionais de saúde que estão saindo das universidades brasileiras. “Isso também vai ajudar na moralização da profissão, como por exemplo com relação ao cumprimento da carga horária contratada”, afirmou.

Fonte: Blog do Planalto
- See more at: http://www.pt.org.br/noticias
/view/o_que_nos_move_e_levar_medicos_para_milhoes_de_brasileiros_afirma_padilha#sthash.9PXItGOQ.dpuf