segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Hipocrisia e subserviência à máquina de guerra israelense: até quando?

 

A hipocrisia incrustrada em grande parte da sociedade brasileira e encampada pela grande imprensa nacional resolveu escancarar seu complexo de vira-latas ao tratar o discurso do presidente LULA na Etiópia como uma provocação desnecessária ao governo de Israel.

Ora, qual o papel de um líder político mundial senão o de discutir com outros líderes e orientar as pessoas a respeitarem as leis e resoluções dos órgãos multilaterais como a ONU? Para tanto, claro, as resoluções aprovadas precisam ser obedecidas por todos os líderes mundiais, sem proteção a uns em detrimento de outros.

Israel com o apoio inconteste dos Estados Unidos
claramente vem desobedecendo tais resoluções há décadas e agora, mesmo com deliberação da ONU para um cessar fogo, resolveu que definitivamente não irá parar sua máquina de guerra enquanto não expulsar ou exterminar o povo palestino da faixa de Gaza. Sob a justificativa de derrotar os terroristas do Hamas, o governo de Netanyahu está matando mulheres e crianças e até médicos e socorristas em ambulâncias e hospitais, e é sobre isso e para esse terror que o presidente LULA chamava a atenção em sua fala.

Não podemos achar aceitável que em uma operação de guerra para deter terroristas tenha um saldo de mais de 20.000 mortos e desses, que dois terços sejam de mulheres e crianças. Segundo a ONU, uma criança é morta a cada dez minutos em Gaza. Se isso não deve ser considerado como genocídio, acho que está na hora de mudarmos o significado do termo.

Para aqueles que hoje atacam o presidente LULA, peço a seguinte reflexão; Se vocês tivessem nascido na palestina e hoje vivessem lá, como chamariam o governo de Benjamin Netanyahu? O quer fariam se vissem seus filhos que já padeciam de fome por conta do cerco de Israel, agora fossem brutalmente mortos pela força de ocupação sionista?

Toda solidariedade ao presidente LULA e vamos fazer uma corrente para que outros líderes mundiais tenham coragem e também denunciem o genocídio colocado em curso pelo governo israelense.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Confusão e desrespeito em Paço do Lumiar no lançamento do IEMA

 


Sabe aquele ditado que diz: “jabuti em cima da árvore ou foi enchente ou mão de gente”, pois se parece muito com o curioso caso da gestora do IEMA que durante o lançamento da instalação de um Instituto de Educação na cidade de Paço do Lumiar desrespeitou a prefeita da cidade, Paula Azevedo e ainda por cima deu palanque para um empresário pré-candidato à prefeitura do município fazer ato de campanha antecipado em claro abuso de poder.

O fato da gestora do IEMA, Cricielle Muniz, indicada para o cargo por um grupo político liderado por quem nem está mais no PT e nem poderia atuar na política, não ter convidado para a mesa de honra a autoridade máxima do município que está cedendo o prédio para a instalação da nova escola já seria uma aberração, mas fica ainda pior quando a prefeita é uma mulher que conseguiu ocupar um espaço de decisão mesmo sofrendo preconceitos e dificuldades por ser do sexo feminino, agricultora familiar e é exposta dessa forma exatamente por uma outra mulher que se diz feminista. Uma situação lamentável perpetrada por quem já montou palanque na frente de uma loja para denunciar ter sido vítima de racismo.

O movimento chamado de “As mulheres do PT” soltou uma nota dura contra a diretora do IEMA cobrando sororidade e respeito à causa feminista, além de salientar o fato dela ser preta, como traz um trecho da nota de repúdio “O mais triste ainda, é reconhecer que, tal atitude existe entre nós, e parte justamente, de uma mulher preta, gestora pública e que se diz militante e defensora dos direitos e causas feministas em nosso estado”

Deve realmente ser difícil para quem não foi forjada dentro da luta respeitar as dificuldades e os obstáculos impostos às mulheres e principalmente aquelas que não tem por traz um tutor político para lhes   oferecer um lugar de fala. Com a repercussão do episódio fica cada vez mais claro que algumas pessoas usam o discurso de militância social somente para galgar espaços de poder, a para logo em seguida usar desse poder para manter o status quo.

Infelizmente esse tipo de atitude coloca em dúvida a seriedade e os avanços obtidos por mulheres valorosas que dedicaram e dedicam suas vidas na luta por uma sociedade mais justa e respeitosa para com todas as mulheres, independentemente de sua cor de pele ou classe social.

Em suas redes sociais a prefeita Paula fez um desabafo e confirmou ter sido convida para o evento, mas que ao chegar ao local foi ignorada e que em seu lugar foi colocado o empresário Fred Campos da Qualitech.

Veja a íntegra da nota das mulheres do PT

Nota de Repúdio

Por meio deste instrumento legítimo, manifestamos de forma pública e veemente nosso total repúdio e indignação, diante do desrespeito e agressão moral sofrida na manhã de sexta-feira (02), pela Prefeita Paula Azevedo (PCdoB), consequente, por todas as mulheres por ela representadas, durante cerimônia de lançamento do IEMA, em Paço do Lumiar. 

A sororidade, mesma atitude que deveria partir da diretora geral do IEMA, srª. Cricielle Muniz, nos obriga a tecer esta nota para rechaçar toda e qualquer forma de machismo, ou ainda simplesmente a falta de empatia entre mulheres.

O mais triste ainda, é reconhecer que, tal atitude existe entre nós, e parte justamente, de uma mulher preta, gestora pública e que se diz militante e defensora dos direitos e causas feministas em nosso estado.   

Diante do exposto não há a mínima possibilidade de não reconhecer tal postura como condenável, ainda mais quando esta guia-se por nuances de violência política, ao que parece deliberadamente premeditada. 

Mulheres do PT.