terça-feira, 13 de dezembro de 2022

As contradições da copa no Catar

A Copa do mundo de futebol tornou-se um evento de tamanho e importância excepcional e a edição deste ano nos traz uma série de reflexões. Desde o primeiro torneio mundial em 1930 muita coisa mudou na estrutura e finalidade da Copa do mundo. O evento foi instituído como marco da profissionalização do futebol pela Federação Internacional de Futebol – FIFA, que com a força do capital conseguiu quebrar o romantismo das disputas e transformar a copa do mundo de futebol em um dos maiores acontecimentos do planeta, girando bilhões de dólares em venda de produtos e merchandising recheados de muitas denúncias de corrupção e abuso de poder.

E as contradições não param por aí; no esporte como em qualquer outra profissão, um dos objetivos deve ser a ascensão social e financeira, entretanto, o futebol profissional tem produzido muitos casos de degeneração sociocomportamental pela supervalorização de alguns jovens atletas que, de repente, saem da extrema pobreza para uma situação financeira de milionários sem qualquer preparação psicológica, tornando-se mimados e imaturos sem a devida capacidade de ter certa dose de empatia. Há felizmente, no entanto também diversos casos em que a repen
tina mudança de condição financeira estimula os jovens atletas a ajudarem outras pessoas, que passam pelas dificuldades antes enfrentadas por eles, independente de vínculos familiares a melhorar suas vidas, seja através de projetos sociais formais em suas comunidades ou até mesmo fazendo campanhas de conscientização e esclarecimento.

O poder financeiro que envolve o futebol hoje está entranhado entre corporações midiáticas envolvendo os direitos de transmissões dos 64 jogos em que cerca de bilhões de pessoas estarão vendo pela televisão nesses 28 dias de copa do mundo, além do impulsionamento da venda de aparelhos de tv e bebidas mundo a fora aquecendo as indústrias do setor.

Por conta de toda essa engenharia financeira, os países brigam pelo direito de sediar a Copa do mundo de futebol, chegando ao extremo inclusive de, segundo denúncias, pagar propinas para ser escolhido. A escolha do Catar como sede, por exemplo, desnudou um dos maiores escândalos de compra de votos para escolha de uma sede até hoje, inclusive levando ao banimento dos presidentes da FIFA a época Joseph Blatter e da UEFA, Michel Platini por liderarem a fraude.

O esquema só foi descoberto porque chamou muita a atenção de todos o fato de um país que não respeita os direitos humanos, a diversidade, os direitos das mulheres, inclusive de ir aos estádios, e a completa falta de estrutura física pudesse ter sido escolhido para sediar em pouquíssimo tempo um evento tão importante. Como previsto por muitos observadores, a infraestrutura ficou pronta com o uso de trabalho análogo à escravidão e com a morte de milhares de trabalhadores, muitos deles inclusive sem receber pelo trabalho desempenhado.

O objetivo final era mostrar um país moderno e aberto ao mundo. Mesmo com a censura imposta pelo governo Catari, o fortalecimento das mídias sociais mostrou que a situação é ainda mais grave, uma vez que além das acusações de pagamento de propina para sediar o evento, ficou provado que o país não respeita os direitos humanos, não respeita os direitos das mulheres, não permite a liberdade de expressão, criminaliza a homossexualidade e responde por diversas acusações de trabalho escravo para a construção dos estádios e infraestrutura para a copa do mundo de 2022.

Foram relatadas mais de 6.500 mortes por exaustão nos canteiros de obras por conta da alta quantidade de horas trabalhadas em temperaturas acima dos 45 graus celsius.

Sempre houve questionamentos sobre a escolha de determinados lugares para sediar os grandes eventos esportivos, desta vez, no entanto a situação fugiu ao controle dos organizadores, uma vez que os protestos tem as mais diferentes razões em uma mesma edição. Como a falta de liberdade é uma das características do Catar, as pessoas, e até mesmo empresas, tem usado da criatividade para mostrar ao mundo as mazelas do Emirado. A Hummel, por exemplo, patrocina a seleção da Dinamarca, mas não quer sua marca associada ao mundial do Catar e deixou sua logo da mesma cor da camisa, ficando praticamente invisível. Da mesma forma, fabricantes e distribuidores de diversos produtos têm evitado associar suas marcas ao evento, é o capital buscando a sobrevivência a todo custo, mesmo apoiando internamente o conservadorismo e a ultra direita, não perdem o norte do que importa; o capital.

Por isso é tão importante que em eventos dessa magnitude e abrangência todos os formadores de opinião e principalmente os grandes atletas se posicionem contra todo e qualquer tipo de preconceito, contra a fome e a favor da liberdade de expressão e por melhores condições de vida para todos.


segunda-feira, 5 de setembro de 2022

O QUINTA COLUNA

 


Flávio Dino demonstra ser o quinta coluna na esquerda maranhense. Desde 2010, quando para afastar Dr. Jackson da disputa pelo governo do Estado, disseminou por todo o Maranhão que o ex-governador era ficha suja e teria sua candidatura indeferida, Dino já deixava claro que para alcançar seu projeto de poder não se importaria com limites éticos ou ideológicos.

Sempre fazendo jogo duplo, usando um discurso progressista à frente dos holofotes e por trás seguindo alimentando a máquina governamental do Palácio dos Leões, para cooptar adversários na tentativa de sufocar qualquer um que ouse pensar diferente dele, como fez com presidente da Assembleia, Othelino Neto que, para trair Weverton, recebeu a indicação de sua esposa para a vaga de 1ª suplente de Flavio ao Senado, além da garantia de apoio para sua irmã na disputa por uma cadeira na Câmara Federal. 

Para quem entrou na política partidária com um discurso que abominava essas práticas, inclusive responsabilizando a família Sarney pelo atraso maranhense também por conta desse modo de fazer política, o ex-governador mudou bastante a ladainha, e assumiu para si essa postura.

Além de trazer de volta ao centro de decisões do Palácio dos Leões os aliados históricos dos Sarney, contrariando o discurso oficial de Dino, o governador-tampão desesperado para alcançar o 2º turno traz de volta agora ao cenário político estadual Roseana Sarney e toda sua tropa.

Pobre povo maranhense que mais uma vez estará fadado a ser enganado por mais esse estelionato eleitoral.

Com uma conversa mole de que sempre esteve do lado esquerdo do rio, Dino tenta enganar os mais inocentes, mas na verdade, o que está acontecendo no Maranhão é a volta do coronelismo com a ascensão dos expoentes do sarneismo, diretamente pelas mãos do ex-governador ou indiretamente através do governador-tampão.

E a coisa só piora; Com a afirmação do LULA de que em caso de um futuro governo do PT, Flavio seria ministro, mais uma vez o povo estaria sendo ludibriado, uma vez que votaria em Flavio, mas quem assumiria o mandato seria a esposa de Othelino, política sem expressão e qualquer relação com esquerda ou com os trabalhadores.

É exatamente por esse tipo de atitude que a boa política está em baixa e os brasileiros passam a jogar suas esperanças em algo fora dos meios políticos.

Em todo esse contexto a esquerda maranhense tropeça, sofre, mas segue lutando pelas mãos de alguns bravos que não se rendem ao poder pelo poder e não se vendem por cargos e benesses

terça-feira, 23 de agosto de 2022

LULA não deveria ser muleta para o atraso


               





As eleições desse ano são de suma importância para os brasileiros e brasileiras que vivem o pesadelo de sobreviver há quatro anos do governo de destruição protagonizado por Bolsonaro. Um governo que desrespeita de forma tirânica os direitos básicos de nossa população.

Mas a tarefa posta não se esgota em não eleger Bolsonaro; a população precisa entender que precisamos eleger Lula ainda no primeiro turno e derrotar o bolsonarismo. Para isso, entendemos que o ex-presidente Lula precisa ampliar seu arco de alianças, inclusive dialogando com a centro direita para vencer as eleições e isolar o bolsonarismo.

No Maranhão, nem diálogo houve. Flávio Dino para impor a Lula o candidato de sua escolha pessoal ao governo do Estado, interviu no PT e o aparelhou com políticos profissionais tradicionalmente de direita e que nada têm em comum com os ideários petistas, além de trazer de volta ao núcleo governamental o que há de pior em se tratando de personagens políticas no Maranhão.

O governador-tampão Carlos Brandão, histórico do PSDB e leal aliado de Aécio Neves, agora filiado ao PSB por Flavio Dino, apoiou o golpe contra a presidenta Dilma, sempre foi militante da direita e representante dos latifundiários, agora, com essa falsa máscara pessebista tenta enganar o ex-presidente e a população maranhense para surfar na popularidade e força eleitoral de Lula no Maranhão.

Não fosse a determinação e o engajamento de grande parte da base do PT e a independência dos movimentos sociais e sindicais para contrapor todas essas manobras elaboradas pelo palácio dos Leões, o rolo compressor do governador-tampão estaria esmagando os sonhos dos trabalhadores do campo e da cidade.

Os últimos sete anos trouxeram aos maranhenses, principalmente do campo, a volta do medo e dos conflitos agrários por conta do desmonte dos órgãos de fiscalização e apoio às comunidades tradicionais.  A falta de compromisso com os agricultores familiares é tão grande que Brandão entregou a secretaria de agricultura familiar a um representante do agronegócio e mesmo assim quer que Lula imponha aos trabalhadores o apoio à sua reeleição.

As lideranças sindicais, os representantes dos movimentos sociais e grande parte da Base do Partido dos Trabalhadores não aceitaram a intervenção de Flavio Dino no partido e juntaram-se à campanha do senador Weverton. Todo esse grupo trabalhando com o objetivo de contrapor-se a essa onda de atraso imposta pelo ex-governador e seus discípulos que depois de tanta luta e sofrimento dos maranhenses tentam entregar o Maranhão de volta à família Sarney e seus aliados históricos que mantiveram o estado entre os mais pobres do país por décadas.

 

 


terça-feira, 16 de agosto de 2022

APESAR DO VERNIZ O CORONEL MOSTRA A CARA E O RANÇO

 


O governador-tampão Carlos Brandão mostrou mais uma vez que trocar de sigla não muda o posicionamento político-ideológico de ninguém. Por mais que o professor de Deus Flávio Dino tenha ungido e pintado seus postes de vermelho, os anos atrelados ao coronelismo os impedem de mudar o tratamento e as suas visões de mundo.

Em sabatina para o portal Imirante na manhã de ontem, o governador-tampão demonstrou toda a sua arrogância e desconhecimento em relação aos povos tradicionais do Maranhão. Com visão atrasada e colonialesca, em que desconhece os quilombolas como seres culturais de direito para transformá-los em algo que teríamos que “conviver”, a postura de Brandão é vergonhosa e inaceitável, principalmente sendo governador de um Estado que tem uma das maiores concentrações de quilombos do Brasil e devido ao grande número de escravizados em São Luis, construíram no bairro da liberdade o maior quilombo urbano do mundo.

Ao chamá-los de atrasados e tentar negar a importância da sua cultura ancestral, o governador-tampão desrespeita ainda mais a memória do povo negro que ajudou a construir a história do nosso Estado.

Como latifundiário, essa postura já era esperada, entretanto, como chefe do governo estadual e ungido à condição de novo pessebista por Flavio Dino e com a ajuda de marqueteiros pensavam ser possível enganar a população maranhense e esconder o ranço de coronel enraizado em Brandão. Não conseguiram; bastou um apertinho que logo apareceu o verdadeiro governador-tampão.

É de estranhar o silêncio dos “companheiros” do PT sobre mais essa agressão às comunidades tradicionais. Engraçado que alguns deles inclusive tentam bolsonarizar a todos que não comungam do seu projeto de poder e não enxergam que o bolsonarismo está dentro dos pensamentos e ações do governador tampão Carlos Brandão.

quarta-feira, 6 de julho de 2022

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

 

A turma dos porões do PSB cobra insistentemente a abertura de uma CPI para investigar a existência de um suposto balcão de negócios no Ministério da Educação. Entretanto movem céus e terra para impedir a criação da CPI na Assembleia Legislativa do Maranhão para investigar a situação criminosa em que está a travessia dos ferrys da Ponta da Espera em São Luís ao Cujupe na baixada maranhense.

No caso do MEC, é verdade que as investigações iniciadas pela polícia federal apontam indícios muito fortes de ilicitudes.  Porém, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco alega que o período eleitoral poderia desequilibrar as investigações e influenciar os rumos da CPI, além de ponderar que os fatos já estão sendo investigados pela polícia federal. 

Já em relação ao escândalo dos ferrys, ao contrário de apoiar a investigação, a direção da Agencia de Mobilidade Urbana – MOB com o apoio da bancada de apoio ao governo tampão de Carlos Brandão tenta afastar de todas as formas até mesmo o Ministério Público de investigar, conforme denúncia do deputado Cesar Pires. “Eu tive conhecimento de que a MOB quer afastar a Promotora de Justiça Lítia Cavalcanti do processo de investigação. É preciso ser apurado e pra ser apurado precisamos de CPI”

Lítia Cavalcanti é a titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do consumidor em São Luís e instaurou inquéritos para apurar denúncias de irregularidades no sistema de ferry-boat do Maranhão. Com o agravamento da crise, a promotora fez graves críticas ao governo do Estado por conta das irregularidades no processo de licitação das empresas para operar o sistema, além da estranha intervenção da gestão Dino/Brandão na Servi Porto.

“A situação do transporte aquaviário nunca esteve pior. A Servi Porto, depois da intervenção estatal, se destruiu”, destacou a promotora em entrevista a uma emissora de TV de São Luís.

A verdade é que enquanto o governo tampão de Carlos Brandão engana a população divulgando mentiras através de blogs, jornais, rádios e tv’s, pagas com dinheiro público, os usuários que precisam dos serviços de ferry-boat sofrem com o desleixo e a falta de embarcações seguras para fazer a travessia.

 

segunda-feira, 4 de julho de 2022

A destruição continua

 


Seguindo a lógica destruidora do presidente Bolsonaro de exploração da Amazônia a qualquer custo e sem respeitar o meio ambiente e as populações tradicionais, grandes latifundiários estão grilando terras e ameaçando as lideranças locais no nordeste do Pará, onde estão derrubando a mata original para plantar palma, matéria prima para a produção do óleo de dendê.

O conflito já está sendo reconhecido como a “guerra do dendê” e tem como vítimas, quilombolas e indígenas que estão sendo expulsos inclusive de territórios já demarcados e que por lei deveriam ser protegidos. Entretanto, a política do governo Bolsonaro de sucateamento dos órgãos de proteção tem estimulado o avanço das grilagens e o acirramento dos conflitos, chegando ao ponto de as populações ribeirinhas terem negado o seu direito de pescar nos rios da região e até mesmo frequentar o cemitério onde estão seus ancestrais.

Segundo denúncias das comunidades quilombolas da região, até mesmo ribeirinhos cadastrados foram barrados e impedidos de entrar na área por seguranças armados, desrespeitando inclusive uma decisão judicial que garante às comunidades quilombolas e indígenas o acesso ao local.

No acordo judicial assinado entre a empresa e lideranças quilombolas, “as partes reconhecem que rios e margens tratam-se de bens públicos e de uso comum, portanto, nenhuma das partes poderá impor obstáculos ou restrições à circulação ou mesmo à prática da pesca de subsistência”

Os órgãos responsáveis precisam intervir rapidamente nesse conflito ou logo teremos mais uma tragédia na região. Não é aceitável que comunidades inteiras sejam vitimadas pela ganância de empresários inescrupulosos e o que é pior, por conta da inercia de quem deveria protegê-los.

A grilagem dessas áreas começou desde os anos 1980 e agora com a conivência do governo federal estão empurrando cada vez mais a fronteira agrícola para dentro da floresta, destruindo a fauna e flora original que são imprescindíveis para a sobrevivência das comunidades indígenas e quilombolas.

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Privatização gera aumento de preços

 


Está cada vez mais claro que a privatização das estatais não traz nenhum benefício para a população brasileira. Todo esse discurso do governo Bolsonaro em favor das privatizações não passa de uma manobra para beneficiar seus aliados e alguns poucos empresários ligados ao mercado financeiro que não se importam com o bem estar do povo brasileiro e muito menos com a estabilidade econômica do Brasil.

Menos de quinze dias após a privatização da Eletrobras, que segundo Bolsonaro iria ser mais eficiente após a desestatização, foi aprovado um reajuste das bandeiras tarifárias. A bandeira vermelha, por exemplo, terá um aumento de 63,7% e a bandeira amarela irá subir 59,5%. Os novos valores entram em vigor a partir de 1º de julho e irão valer até meados de 2023.

A privatização não irá baixar preços em nenhuma área, inclusive porque a lógica do mercado é ter lucro e quanto mais lucro melhor para os investidores que na maioria dos casos não moram nem no Brasil.

É preciso que a população fique atenta e não permita que mais privatizações sejam feitas no Brasil com essa mesma justificativa falsa de melhoria no atendimento e diminuição dos preços.

O grande filão da vez é a Petrobras, um dos maiores patrimônios brasileiros e que o ministro da Economia Paulo Guedes quer entregar à iniciativa privada com o mesmo discurso de mais eficiência e por conseguinte, menores preços. Mais uma falácia para tungar nossas reservas de petróleo e tirar do país mais uma empresa estratégica para o controle da inflação, uma vez que a maioria dos alimentos e bens de consumo são transportados no Brasil por rodovias.

É importante lembrar que a alta dos preços dos combustíveis atualmente deriva de uma conjuntura externa, associada à péssima gestão política e econômica do governo Bolsonaro, o que elevou o valor do dólar a mais de R$ 5,00, sem esquecer que a política de preços praticada pela Petrobras desde o golpe de 2016 é a de internacionalização e dolarização dos combustíveis, sem levar em consideração o fato de o Brasil ser auto suficiente em petróleo.

 

terça-feira, 14 de junho de 2022

Até quando veremos os defensores da Amazônia serem mortos impunimente?

 A política de sucateamento dos órgãos de vigilância e defesa da flora, fauna e dos povos das florestas promovida pelo governo Bolsonaro aliada aos ataques pessoais do presidente à demarcação das reservas já fez milhares de vítimas direta e indiretamente.

Agora nos deparamos com mais esse absurdo desaparecimento de um servidor público e um jornalista que tentavam proteger os povos originários do Vale do Javari na fronteira do Brasil com o Peru e Colômbia e denunciar as constantes invasões do território por pescadores ilegais e garimpeiros que aterrorizam a região.

Esse tipo de prática ilegal tem crescido muito desde 2019 quando começou o governo Bolsonaro, que sistematicamente vem destruindo o IBAMA, o ICMBio e a FUNAI, responsáveis pelo monitoramento e preservação dos parques e reservas ambientais em todo o país.

Bolsonaro nomeou um Ministro do meio ambiente para destruir a natureza e passar a boiada, um delegado de polícia que quer acabar com as Reservas para o cargo de presidente da FUNAI e o próprio presidente faz ataques diários a quem tenta defender o meio ambiente ou denunciar os crimes ambientais. É nesse contexto que o Brasil tem se tornado um dos lugares mais perigosos do mundo para jornalistas e ambientalistas.

Não fosse o fato de Dom Phillips ser um jornalista e estrangeiro e o servidor licenciado da FUNAI Bruno Pereira ser tão conhecido por seu trabalho na região, muito provavelmente o desaparecimento dos dois não estaria tendo a mesma repercussão. Até porque a administração Bolsonaro é avessa à investigação de crimes ambientais e denúncias de corrupção dos membros do governo.

Esperamos que a pressão pública nacional e internacional consigam forçar as autoridades a aprofundarem as investigações para encontrar os responsáveis pelo desaparecimento dos dois ambientalistas.

Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Maranhão, Sindsep/MA, o governo federal tem responsabilidade direta nesse clima de insegurança e violência que tem assolado o país.

“O desmonte dos serviços públicos promovido por Bolsonaro já vinha resultando em um verdadeiro caos para a população mais vulnerável do país que precisa do apoio e cobertura dos servidores públicos, agora, até as pessoas que denunciam esse descaso criminoso estão sendo ameaçadas e exterminadas”, disse João Carlos Martins, presidente do Sindsep/MA
 

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Governo Tampão manda ITERMA desmembrar Quilombo em Pedro do Rosário.



 

O governo tampão de Carlos Brandão mais uma vez mostra que tem lado, e que o lado dele é o do latifúndio e não dos trabalhadores. Segundo denúncias do Movimento Quilombola do Maranhão – MOQUIBOM, o governo do Estado, através do Instituto de Terras do Maranhão – ITERMA teria enviado hoje, 13 de junho, uma equipe do órgão para o Território Quilombola Imbiral Cabeça Branca que fica no município de Pedro do Rosário na baixada maranhense para desmembrar o Território e fazer a regularização fundiária para um fazendeiro que havia grilado áreas ancestrais do quilombo São Benedito do Céu e da Aldeia Cabeça Branca.

Essa mesma área já havia sido motivo de denúncia em 2021 por conta da devastação e dos crimes ambientais praticados pelo fazendeiro que grilou as terras na região. Mesmo ignorando as denúncias dos moradores e até relatório Antropológico realizado e aprovado pelo Incra destinando toda a área ao Processo de Titulação para uso coletivo, o governador tampão teria enviado uma equipe do ITERMA para desmembrar e fatiar o Território com a finalidade de dar os títulos individuais ao fazendeiro que grilou a área.

Somente a mobilização de todos e as denúncias juntos às entidades nacionais e internacionais de direitos humanos poderão impedir mais essa tragédia social.

Infelizmente essa é mais uma mostra do retrocesso das políticas públicas em que vivemos no Maranhão após esses mais de sete anos de Sarnodinismo, com o aumento dos conflitos no campo e o massacre dos pequenos agricultores que além de terem que cultivar suas roças sem ajuda do governo do Estado ainda têm que lutar contra os latifundiários e grileiros que vivem a ameaçá-los e às suas famílias.

quarta-feira, 8 de junho de 2022

Bolsonaro é condenado por dano moral coletivo à categoria de jornalistas

 


Decisão se deu após ação coletiva da categoria movida pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP). Presidente terá de pagar R$ 100 mil, em decisão judicial inédita contra um governante em exercício

No Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, jornalistas conquistaram uma vitória histórica contra Jair Bolsonaro. Em decisão disponibilizada nesta terça-feira (7 de junho), a juíza Tamara Hochgreb Matos, da 24ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, condenou o atual presidente da República a pagar R$ 100 mil a título de indenização por dano moral coletivo à categoria. 

Em 7 de abril do ano passado, Dia do Jornalista, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo ingressou com uma Ação Civil Pública contra Jair Bolsonaro. o Sindicato pleiteava à Justiça para que o presidente em exercício se abstivesse de realizar novas manifestações com “ofensa, deslegitimação ou desqualificação à profissão de jornalista ou à pessoa física dos profissionais de imprensa, bem como de vazar/divulgar quaisquer dados pessoais de jornalistas", além de uma indenização de R$ 100 mil, em favor do Instituto Vladimir Herzog. 

Na decisão, a magistrada relembrou diferentes ataques de Bolsonaro aos jornalistas. "Com efeito, tais agressões e ameaças vindas do réu, que é nada menos do que o Chefe do Estado, encontram enorme repercussão em seus apoiadores, e contribuíram para os ataques virtuais e até mesmo físicos que passaram a sofrer jornalistas em todo o Brasil, constrangendo-os no exercício da liberdade de imprensa, que é um dos pilares da democracia", destaca um dos trechos da decisão.

A juíza Tamara Matos também cita diferentes declarações homofóbicas e misóginas de Bolsonaro contra jornalistas. "Restou, destarte, amplamente demonstrado que ao ofender a reputação e a honra subjetiva de jornalistas, insinuando que mulheres somente podem obter um furo jornalístico se seduzirem alguém, fazer uso de piadas homofóbicas e comentários xenófobos, expressões vulgares e de baixo calão, e pior, ameaçar e incentivar seus apoiadores a agredir jornalistas, o réu manifesta, com violência verbal, seu ódio, desprezo e intolerância contra os profissionais da imprensa, desqualificando-os e desprezando-os, o que configura manifesta prática de discurso de ódio, e evidentemente extrapola todos os limites da liberdade de expressão garantida constitucionalmente."

Desta maneira, a decisão judicial confirma o assédio moral coletivo contra a categoria de jornalistas, atentando contra a liberdade de imprensa e contra a democracia, prevendo o pagamento de indenização de R$ 100 mil reais a ser revertida para o Fundo Estadual de Defesa dos Direitos Difusos. 

Coordenador jurídico do Sindicato dos Jornalistas, Raphael Maia foi o responsável por preparar e peticionar a ação civil pública do Sindicato ainda na gestão do presidente Paulo Zocchi. "Esta é uma vitória enorme para os jornalistas e para o movimento sindical brasileiro: não conheço algum caso semelhante em que uma entidade sindical conquistou uma condenação por dano moral coletivo de uma categoria a um presidente da República em pleno exercício do mandato".

Para Thiago Tanji, presidente do SJSP, a decisão em primeira instância da Justiça deve ser um marco para toda a categoria. "Neste Dia da Liberdade de Imprensa, não temos muito a comemorar. Estamos em busca de respostas sobre o desaparecimento do jornalista Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira e até o momento as autoridades competentes deram poucas ou nenhuma resposta efetiva sobre o caso. Isso materializa o desrespeito à vida e à dignidade que Jair Bolsonaro carrega desde o primeiro dia de seu mandato como presidente. Ao conquistarmos essa decisão judicial favorável, lembramos que a dignidade e a verdade vencerão o ódio e o obscurantismo."

 Escrito por: Sindicato dos Jornalistas de São Paulo

segunda-feira, 6 de junho de 2022

A “Unidade” da porrada e da imposição

 


Como era de esperar o Encontro de Tática do PT não foi nada pacífico ou sequer esteve perto de ser pacificado como seus interventores quiseram propalar aos quatro cantos através dos blogs e rádios pagos pelo palácio dos Leões.

Além de muita confusão e até agressões verbais e físicas, a máquina governista, aliada ao poder obscuro do tubérculo que mandou seu genro para desrespeitar o processo e agredir militantes históricos do Partido que ele próprio trocou por uma sinecura vitalícia lá para as bandas do viaduto do trabalhador, o Encontro do PT aprovou apenas o que queria o ex-governador Flávio Dino: o apoio à chapa de direita, Brandão/Camarão e a imposição do apoio ao seu nome para o senado. A nominata para deputados federais e estaduais foi remetida à executiva do Partido em mais uma medida autoritária e que fere o Estatuto do PT.

Pela primeira vez alguém de fora do PT conseguiu sufocar e calar a vontade da base petista no Maranhão, transformando o Partido em mais uma sigla de aluguel em que o “dono” é quem determina a quem irá vender o tempo de televisão e administrar o fundo partidário.

As decisões eleitorais no PT nunca foram fáceis e apenas uma coisa sempre foi unanimidade na agremiação partidária que tem como uma de suas marcas o respeito ao contraditório e à pluralidade de pensamento: a liderança de LULA e a defesa de seu legado pelos direitos trabalhistas e sociais.

Dessa vez, entretanto, com o desejo de vingança de Flávio – que se sentiu traído em 2010 quando a direção nacional interveio no resultado para entregar o PT à Roseana – aliado à força de Macaxeira que volta a ter o controle do PT – inclusive nomeando o próprio genro para a MOB – mesmo após abandoná-lo e deixar a luta social para realizar seus desejos pessoais de ascensão e riqueza pessoal, o Encontro de tática do PT foi uma verdadeira tragédia.  

Misoginia, agressões verbais gratuitas e até agressões físicas parecem ter sido o começo da derrocada do Partido no Estado ou seu renascimento, tudo irá depender da posição da grande maioria da Base petista que não concorda com esse processo de intervenção se irá rebelar-se ou não contra os dirigentes que defendem seus contracheques, abandonando de vez essa loucura de acompanhar a chapa direitista de Brandão (ex-PSDB) e Camarão (ex- DEM) que está fadada ao fracasso.

Uma coisa já está certa: com essa guinada à direita e seu autoritarismo, Flávio Dino está ficando cada vez mais isolado e mal visto entre os partidos de esquerda e os movimentos sociais, inviabilizando a reeleição do governador tampão Carlos Brandão e pondo em risco até a sua eleição ao senado, dado anteriormente como certa.

segunda-feira, 30 de maio de 2022

A importância de uma sinecura para sustentação das mentiras palacianas

 

O ódio, o desespero e a completa falta de compromisso pela verdade e claro, a hipocrisia ficam cada vez mais nítidos nos textos produzidos nos porões do PSB sob o comando do líder estudantil importado lá das bandas do Rio de Janeiro para destratar e manter sob estrita vigilância os blogs, rádios e jornais pagos pelo dinheiro público para fazer campanha para o governador tampão e desmoralizar o senador Weverton Rocha, que é o líder em todas as pesquisas e caminha a passos largos para vencer a eleição em outubro e ser o futuro governador do Maranhão.


Dessa vez, as mentiras e agressões têm como alvo o deputado Josimar de Maranhãozinho, que ao anunciar seu apoio à pré-candidatura de Weverton ao governo do Estado e Roberto Rocha a senador, virou um pária da sociedade seguindo narrativa produzida pelos Leões.

Outro que também tem sofrido ataques dos escribas palacianos é o presidente do PT de São Luís Honorato, que exaltou a criação de uma frente ampla contra o governo sarnodinista e a favor de um Maranhão mais Feliz, inclusive com a participação de Maranhãozinho e seu importante grupo político, antes tão cobiçado pelo Palácio do Leões.

Acontece que esqueceram de combinar com os próprios aliados do governador tampão para que sustentassem mais essa mentira. O deputado Maranhãozinho quando anunciou sua posição de apoio a Weverton em sua Live já havia dito que foi extremamente assediado por Brandao e por seus emissários para seguir com ele, incluindo promessas de cargos e até a vaga de vice – anteriormente prometida ao PT – na chapa majoritária, mas que não aceitou, inclusive pelo histórico de não cumprimento de acordos pelo grupo Sarnodinista.

Circula nas redes até um vídeo em que Flávio Dino tece elogios e até agradece a honra de ter Maranhãozinho como aliado, destacando a força política e o trabalho político e administrativo desempenhado pelo deputado Josimar com as prefeituras administradas por seu grupo político.  

Para piorar a situação e corroborar com o que havia dito o moral da BR, como é conhecido, o deputado Iglesio, filiado ao PSB e aliado de Brandão, reclamou na tribuna da Assembleia Legislativa do empenho dos Leões por mais de um mês em tentar cooptar Maranhãozinho e seu grupo político para a campanha do governador tampão, Carlos Brandão, deixando à míngua inclusive aqueles já são da base Sarnodinista.

O próprio governador tampão fez de tudo para convencer Maranhãozinho e seu grupo político a caminhar com os sarnodinistas, mas a falta de respeito com que foi tratado durante os últimos sete anos e o não cumprimento de acordos firmados, aliado a grande desenvoltura e sentimento de confiança atestado no grupo do senador Weverton foram decisivos para o embarque definitivo e decisivo de Josimar e seu grande grupo político no foguete do Maranhão mais Feliz.

Essa é a razão do destempero e da explosão de mentiras inventadas e produzidas nos porões do PSB e distribuídas pelos blogs e blogueiros pagos pelo governo do Estado como explicitados nas peças publicitárias do Governo do Estado estampadas nos blogs.

Para queles que são capazes de vender a alma, a mãe, a mulher ou outras coisas importantes, não é de estranhar que também possam vender a pouca credibilidade e honra que um dia tiveram.

terça-feira, 24 de maio de 2022

A dor da derrota e a hipocrisia dos derrotados

 


A política partidária exige traquejo, humildade e respeito, sem falar da confiança e obrigatoriedade de cumprir acordos.  Parece que os muitos anos como juiz tiraram alguns desses pré-requisitos de Flávio Dino.

Mesmo sendo eleito em 2014 com a união de muitos partidos de diversas matizes políticas cantando o mantra de libertar o Maranhão da oligarquia Sarney e de que o Palácio dos Leões não usaria mais suas patas poderosas contra seu povo, mas o que se viu nos últimos sete anos foi exatamente o contrário.

Muitos prefeitos reclamando por não terem suas demandas atendidas e às vezes sem ao menos terem a oportunidade de serem recebidos pelo governador. Arrogância e indelicadeza como aconteceu com a ex-prefeita Maura Jorge e a prefeita Belezinha, destratadas em suas cidades pelo ex-governador Flávio Dino em pleno palanque.

A ingerência do ex-juiz no PT indicando a coligação com o PSB e exigindo a indicação de Felipe Camarão para vice na chapa com Brandão também arranhou sua biografia junto à base petista, que exige respeito e por conta disso parte dos filiados insurgiram-se e vão homologar no Encontro de Tática Eleitoral dias 28 e 29 o nome de Zé Inácio como vice, contrariando a vontade de Dino.

O resultado disso é que a cada dia que passa fica mais complicada a reeleição do governador tampão Carlos Brandão que perde aliados que eram praticamente certos, e um cenário ainda mais improvável há algum tempo começa a ser consolidado; a não eleição de Flávio Dino ao senado que estava praticamente sacramentada.

Uma grande frente ampla de oposição ao governador tampão e ao próprio Flávio Dino começa a tomar forma e alimenta o foguete do senador Weverton Rocha na jornada de retomada do palácio dos Leões pelo povo maranhense.

A decisão do deputado Josimar de Maranhãozinho e seus aliados – que estavam sendo cobiçados e assediados pelos leões – de acompanhar o projeto de um Maranhão mais Feliz com o senador Weverton fere de morte a campanha dos Leões e seus ocupantes de continuarem no poder e de quebra encurrala ainda mais a tentativa do ex-governador de ganhar a única vaga em disputa ao senado nas eleições de outubro.

Agora é esperar a turma que se esconde nos porões do PSB começar a destratar Maranhãozinho e seus aliados chamando-os de Bolsonaristas. A hipocrisia também mora nos Leões.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

DA IMPOSIÇÃO AO SUMIÇO CONSTRANGEDOR

 


O governador tampão Carlos Brandão parece compartilhar o inferno astral vivido pelo ex-governador Flávio Dino desde o dia de seu aniversário, quando a situação de sua eleição para a câmara alta, que estava praticamente resolvida, ficou bastante complicada e “de repente” foi consolidada uma frente ampla de oposição à sua candidatura.

No caso de Brandão, além de ter que resolver os graves problemas deixados no setor de infraestrutura pelo seu antecessor, como é o caso dos ferry boats, o governador tampão, apesar de manter a cúpula do PT subjugada pelo poder empregatício do Palácio do Leões, está sendo humilhado diariamente por grande parte da base petista que não aceita o nome de Felipe Camarão, imposto por Flávio para a vaga de vice em sua chapa.

Com a data do Encontro Estadual de Tática Eleitoral do PT aproximando-se, 28 e 29 de maio, quando será decidido por maioria simples com qual partido irá coligar e quem serão os representantes do Partido na chapa majoritária e a forte campanha do grupo auto intitulado “Movimento Petista de Base” a favor do nome de Zé Inácio, o governador tampão está completamente constrangido e com medo de perder o controle da situação.

O imbróglio é tão grande, que até o que era considerado certeza já não é mais; tanto que o adiamento do encontro está sendo cogitado por Dino. 

Com todas essas pressões o governador tampão resolveu afastar-se para fazer um procedimento cirúrgico, deixando o problema dos ferrys nas mãos do secretário Sebastião Madeira e operar por fora essa situação do PT. Resta saber se essa gritaria toda do “Movimento Petista de Base” é para valer ou se é apenas um joguinho para garantir a reeleição do deputado Zé Inácio.

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Trabalhadores mobilizados contra a venda das Eletrobras

 


O governo Bolsonaro continua fazendo pressão para que o TCU autorize a venda da Eletrobrás com um valor abaixo do mercado mesmo a estatal tendo lucro constante. Somente no primeiro trimestre desse ano, a Eletrobras registrou um lucro de R$ 2,7 bilhões e o governo mesmo assim insiste em vendê-la e em um negócio que segundo o ministro do TCU, Vital do Rego, trará prejuízos de R$ 67 bilhões aos cofres públicos. Já para os dirigentes da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) os prejuízos são ainda maiores chegando aos R$ 400 bi.  

A venda está travada desde abril quando o ministro do TCU, Vital do Rego pediu esclarecimentos ao governo sobre a transação e hoje, quarta-feira, o processo deve voltar a ser analisado no Plenário do TCU.

Para chamar a atenção da população que essa medida trará ainda mais aumento nas contas de luz dos usuários e tentar barrar mais esse crime de lesa pátria, os sindicatos dos eletricitários filiados a FNU em conjunto com outras entidades realizarão Ato em frente ao TCU em Brasília a partir das 13:00 horas.

Já o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e o Salve Energia, começarão a mobilização nas redes sociais às 9:00 horas com um “tuitaço” usando a hastag #18MEletrobrasPública.

A tentativa de venda dessa forma açodada mostra a falta de compromisso do governo Bolsonaro com a população brasileira, principalmente os mais pobres. A venda da estatal trará forte impacto na vida dos trabalhadores que já sofrem com a alta de preços pressionados por uma inflação que já ultrapassou os dois dígitos.

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Sobrou D(i)no e faltou cheiro de povo

 


A tentativa de privatizar a campanha do Lula no Maranhão está custando muito caro ao ex-governador Flávio Dino. Além de desestabilizar a Base local do PT, começa a fazer água também entre os dirigentes de alto coturno na direção estadual, sem falar que a direção nacional do Partido, e gente muito próxima ao Lula, também já estão incomodados com a postura do ex-juiz e buscam através do senador Weverton a ampliação dos espaços pró-Lula no Maranhão principalmente no palanque do pedetista, que segundo as pesquisas já está com os dois pés do segundo turno da eleição para o governo do Estado.

Na última sexta-feira, Flávio mais uma vez tentou mostrar força para impor sua propriedade sobre a marca “LULA” e promoveu o pré-lançamento da chapa Lula/Alckmin em um ato organizado em uma casa de eventos de luxo pelo que ele chamou de o “time de Lula no Maranhão”.

Muito longe de ter a cara do Lula e do povo que o apoia, o evento teve como característica o uso da máquina pública, com dezenas de servidores sendo vigiados pelos seus chefes, lideranças de partidos com cargos na estrutura do governo do Estado, a turma pessoal do ex-governador e pouquíssimos militantes das bases sociais.

Como dito em muitos blogs, faltou petistas em um evento que deveria ser capitaneado pelo Partido dos Trabalhadores, afinal, Lula é um patrimônio do PT e é a maior liderança dos movimentos sociais e sindicais do mundo, sendo assim o maior capital político de qualquer eleição.

Esse episódio mostra mais uma vez que se Flávio Dino não mudar os rumos de sua campanha em direção às bases partidárias e sociais que fizeram dele o governador do Maranhão em 2014, concretizando as promessas de campanha de rejuvenescer o quadro político do Estado, incentivando as novas lideranças e aprofundando as políticas públicas e sociais de viés mais à esquerda, estará caminhando para o abismo eleitoral. Ao invés de ser o senador mais votado na história poderá ser o primeiro ex-governador a sair do governo do Estado e além de não eleger o seu candidato a governador, também não conseguirá a vaga para a Câmara Alta.

Para cumprir a determinação do diretório nacional de aumentar o leque de alianças e possíveis palanques para a chapa LULA/Alckmin, grande parte da militância do PT, dirigentes de várias correntes do Partido, lideranças do movimento social e sindical reunirão no Sindep/MA hoje, a partir das 18:00 horas para organizar sua participação no Encontro Estadual de Tática Eleitoral que acontecerá nos dias 28 e 29 de maio com o objetivo de definir os rumos do PT nas eleições de 2022. 

A Tese defendida pelo grupo, além de priorizar a aliança com o senador Weverton, que tem historicamente proximidade política e ideológica com o campo petista, argumenta também a necessidade de palanques múltiplos para Lula no Maranhão, afinal, não parece lógico que a direção nacional faça tanto esforço nacionalmente para ampliar apoios criando uma frente ampla e aqui no Maranhão a direção estadual do PT caia na armadilha de Flávio Dino de restringir ao palanque de Lula apenas seus indicados; ex-“demo” Felipe Camarão, ex-tucano Carlos Brandão e até  bolsonarentos como Pedro Lucas e Fufuca.

quinta-feira, 12 de maio de 2022

A frente ampla de oposição criada contra o governador tampão Carlos Brandão e o ex-governador Flavio Dino parece ter assustado os Leões.

 

Além de enfrentar resistência entre seus próprios “aliados”, muitos inclusive ocupando espaços no governo do Estado, Flávio Dino e suas imposições – Brandão e Camarão – para compor a chapa majoritária nas eleições de 2022, estão tendo muitas dificuldades para consolidar a tomada do PT, que marcou para os dias 28 e 29 de maio a data do Encontro Estadual de Tática Eleitoral, quando devem ser votadas as teses que oficializarão os rumos do Partido no processo eleitoral.

A situação está tão complicada que o palácio dos Leões está tentando forçar a barra para que o encontro não seja realizado, uma vez, que as forças cooptadas pelo palácio não podem garantir que os delegados votarão conforme a determinação de Flávio Dino, podendo inclusive, além de não aceitarem o nome do new petista Felipe Camarão para vice, vetarem também a união com o governador tampão Brandão.

Parece que Flávio terá que escolher entre perder cancelando o Encontro ou perder no Encontro. Qualquer das duas situações mostram a fragilidade da “liderança” do ex-governador que apesar de ter cooptado alguns dirigentes com cargos no governo, a Base do Partido não seguirá as ordens do ex-juiz e apoiará o senador Weverton na corrida pelo governo do Estado.

Com o avanço da pré-campanha do senador do PDT, está em curso uma tentativa insana e desesperada de atacar Weverton através de blogs e rádios ligados à campanha de Brandão, produzindo matérias falsas todos os dias como os números dos indicadores sociais do governo que estão muito piores do que em 2014 quando Flávio Dino assumiu o Estado.

A situação está tão difícil pelo lado de lá que por discordar da política agrária do governo do Estado que fez recrudescer a luta no campo, aumentando a violência e mortes de trabalhadores e trabalhadoras rurais, a FETAEMA, que representa a categoria em 215 municípios do Maranhão resolveu abraçar a pré-candidatura de Weverton ao governo estadual e por isso agora está sendo alvo das F
ake News fabricadas nos porões do PSB.

Imaginem que chegaram ao ponto de desrespeitar a história de mais de setenta anos em que a Entidade luta na defesa dos trabalhadores e trabalhadoras rurais tentando colar a imagem da FETAEMA ao Bolsonarismo. Esse tipo de atitude criminosa mostra que na prática a turma do governador tampão Carlos Brandão está muito mais próxima do Bolsonarismo do que qualquer um nesse Estado, tentando impor através do terror e das Fake News a sua vontade e calar quem ousar pensar diferente.

  

terça-feira, 3 de maio de 2022

Flávio Dino e a raiz da traição

Na etimologia a palavra traição é: “quebra da fidelidade prometida e empenhada por meio de ato pérfido; deslealdade para com um amigo ou pessoa com quem se tem algum laço de solidariedade ou outro tipo de compromisso”.

Nestes tempos de luta por poder e perpetuação do mandonismo, aqueles que traíram o povo com discursos inflamados contra a oligarquia e o fim dos currais eleitorais, agora acrescentam às suas listas de crimes a desfaçatez e as fake news, tentando impor às oposições verdadeiramente traídas a pecha de desertores. Ora, será o professor de Deus além de traidor, mágico? Afinal, quer o ex-governador que o povo esqueça de que quando foi construída a frente de oposições contra a oligarquia Sarney, o pacto seria o de alternância do poder estadual para que nem um grupo mais pudesse achar-se dono do Maranhão.

Mas voltando a falar de traição, o ex-governador Flávio Dino tem uma lista de atitudes que se adequam bem ao significado do termo, vejamos algumas; Flávio voltou à política partidária em 2006 tornando-se conhecido no estado atrelado ao grupo de Dr. Jackson Lago que venceu o grupo Sarney pela primeira vez fazendo coro ao fim da oligarquia Sarney, sendo o governador deposto por um golpe político-judicial orquestrado no centro familiar e político dos Sarneys. Nesse momento começa a despontar a raiz da traição e logo em 2010 na ânsia por poder, trai o grupo político que o elegeu chegando ao ponto de chamar Dr. Jackson de ficha suja e do alto de sua “experiência” jurídica espalhar por todo o Maranhão que Lago estaria inelegível. E que ele, Flavio, deveria ser o candidato das oposições. Resultado: Roseana volta a ganhar a eleição para governar o Estado e enfermo e desolado com a traição, Dr. Jackson morre logo depois.

Em 2014, Flávio volta a tentar a corrida ao governo do Estado, e sabia que somente o PDT tinha condições de legitimá-lo como representante único das oposições e para atrair o partido de Brizola oferece a vaga de vice na chapa e traz para vaga de senador o ex-sarneyzista Roberto Rocha. Entretanto para atrair também o PSDB de Alckmin à sua campanha, pede e é autorizado em nome de um projeto maior que o PDT que já tinha indicado Marcio Honaiser, renunciasse à vaga para agregar o tucano Carlos Brandão na chapa majoritária. Tudo isso dentro da premissa de que o PDT tivesse mais na frente a oportunidade de liderar o grupo ao final do ciclo de Dino.

Em 2020, mais uma vez Flávio Dino é picado pelo vírus da traição e para dificultar o projeto do PDT de ganhar a eleição para a prefeitura de São Luís e enfraquecer Weverton que havia sido eleito senador com quase 2 milhões de votos, resolve inventar a candidatura do imberbe Rubens Junior e do deputado desmancha roda, Duarte Junior, à época no Republicanos, da Base de sustentação de Bolsonaro. Praticamente obrigando Weverton e o PDT a apoiarem a candidatura e ajudar na eleição de Eduardo Braide a prefeito da capital no segundo turno.

Em 2021, o então governador Flávio Dino reuniu o grupo político de sustentação ao seu governo e anunciou que o próximo candidato a governador do grupo seria escolhido segundo critérios bem objetivos e justos (pesquisas qualitativas e quantitativas, aferição de maioria entre o grupo político e afinidade com o projeto inicial de revitalização e renovação dos quadros políticos), o que foi aceito e acordado por todos. Entretanto, mais uma vez Dino traiu quem o elegeu como líder do grupo e fez sua escolha pessoal pelo ex-sarneyzista Brandão, contrariando todos os critérios antes firmados.

Mais do que trair a classe política que pediu votos para ele, Flávio traiu o povo que deu seu voto para afastar de vez da vida pública os maus políticos que foram responsáveis por décadas de atraso no Maranhão como Sebastião Madeira, Luís Fernando, Zé Reinaldo (aquele preso por conta das pontes que não davam a lugar algum), que agora sob o comando do governador tampão Carlos Brandão estão comandando as principais pastas do governo do Estado, ameaçando e cooptando lideranças políticas em troca de cargos, sinecuras e outras coisas menos republicanas.

Sem falar no estelionato eleitoral que Flávio Dino quer impor aos maranhenses na eleição de 2022 ao impor sua escolha pessoal Carlos Brandão, o mais legítimo representante da velha política para guardar o lugar para que ele mesmo (Flávio) volte em 2026. Parafraseando Haroldo Saboya, Dino está querendo transformar um tucano (pessedebista) em uma pomba (pessebista). Mesmo se considerando o “professor de Deus”, o ex-governador não irá conseguir operar este “milagre”.

Por todo o exposto e neste contexto, tem-se alguém que carrega em si o vírus da traição e com certeza não são aqueles que se rebelaram e resistiram aos ataques dos ocupantes do Palácio do Leões, mas sim o próprio Flávio Dino e o gabinete do ódio que foi montado nos porões do Palácio dos Leões que tenta calar à força quem pensa diferente, financiando ataques em rádios e blog apócrifos, feitos nos porões do PSB, para inundar o estado de fake news com o poder das chaves do cofre estadual, diga-se de passagem dinheiro público.

Fonte:https://www.blogdorogeriosilva.com.br/

terça-feira, 26 de abril de 2022

O desespero que fomenta a mentira

 

Deprimente a narrativa desenvolvida em nota divulgada por um ex-secretário de Flávio Dino sobre o encontro Estadual de Petistas Fechados com Weverton. Não sei se por esquecimento “seletivo”, por desespero ou se por falta de caráter mesmo, o texto está eivado de omissões, mentiras e meias verdades.

O despeito dessa figura com o contraditório é visível e constrangedor para alguém que teve como parte de suas funções no governo defender e proteger os mais vulneráveis e não conseguiu, muito pelo contrário; os índices de violência e assassinatos no campo voltaram a aumentar exponencialmente deixando famílias de luto, sem moradia e um pedaço de chão para plantar.

Em sua narrativa para justificar a entrega sem escrúpulos da estrutura partidária do Partido dos Trabalhadores aos interesses pessoais de Flavio Dino chegou ao cúmulo de acusar os Petistas históricos, defensores de um partido altivo e independente que estão alinhados com Weverton, pré-candidato que em sua história de militância sempre esteve no campo progressista defendendo as pautas dos Trabalhadores, de terem entregue o PT aos Sarneys.

Caro professor, só para relembrá-lo:  quem entregou o PT a José Sarney foi exatamente o maior entusiasta do atual Sarnodinismo, o conselheiro presidente do TCE, Washington Macaxeira, como o senhor mesmo o chamava em outros tempos, que agora com o peso da toga tem as rédeas da maior corrente interna do PT maranhense, realizando inclusive reuniões partidárias em sua cobertura na Península. Segundo notícias, usando inclusive o seu gabinete como comitê de campanha da pré-candidata do PT, Cricielle.

Não é a toa que hoje o governo de Carlos Brandão está perfeitamente representado pelo Sarnodinismo, tendo suas principais pastas comandadas pelo que restou das ordes sarneysistas, afastando-se completamente dos ideais sonhados e construídos pela oposição comandada por Dr. Jackson e as forças progressistas do Maranhão.

Outra coisa ex-secretário, quando o senhor tenta desqualificar e reduzir centenas de trabalhadoras e trabalhadores rurais e da cidade, legítimos filiados ao PT a pessoas rancorosas e rompidas com o Partido dos Trabalhadores, mostra o total desespero e desrespeito com a verdade.

O Companheiro Chico Miguel foi obrigado depois de muitos anos a desfiliar-se do PT para que pudesse ter legenda e assim poder representar os milhares de trabalhadores e trabalhadoras rurais de nosso Estado por conta da interferência indevida do ex-governador e seus comandados na organização interna do PT. Essa é a verdade professor. E a verdade sempre prevalecerá restando aos submissos do Palácio dos Leões o lugar reservado aos traidores do povo sofrido do Maranhão: no esgoto da história.

Fonte:http://pracomecodeconversa1.blogspot.com/