Agora nos
deparamos com mais esse absurdo desaparecimento de um servidor público e um
jornalista que tentavam proteger os povos originários do Vale do Javari na
fronteira do Brasil com o Peru e Colômbia e denunciar as constantes invasões do
território por pescadores ilegais e garimpeiros que aterrorizam a região.
Esse tipo de
prática ilegal tem crescido muito desde 2019 quando começou o governo
Bolsonaro, que sistematicamente vem destruindo o IBAMA, o ICMBio e a FUNAI,
responsáveis pelo monitoramento e preservação dos parques e reservas ambientais
em todo o país.
Bolsonaro nomeou
um Ministro do meio ambiente para destruir a natureza e passar a boiada, um delegado
de polícia que quer acabar com as Reservas para o cargo de presidente da FUNAI
e o próprio presidente faz ataques diários a quem tenta defender o meio
ambiente ou denunciar os crimes ambientais. É nesse contexto que o Brasil tem
se tornado um dos lugares mais perigosos do mundo para jornalistas e ambientalistas.
Não fosse o
fato de Dom Phillips ser um jornalista e estrangeiro e o servidor licenciado da
FUNAI Bruno Pereira ser tão conhecido por seu trabalho na região, muito
provavelmente o desaparecimento dos dois não estaria tendo a mesma repercussão.
Até porque a administração Bolsonaro é avessa à investigação de crimes ambientais
e denúncias de corrupção dos membros do governo.
Esperamos que a pressão pública nacional
e internacional consigam forçar as autoridades a aprofundarem as investigações
para encontrar os responsáveis pelo desaparecimento dos dois ambientalistas.
Para o presidente do Sindicato
dos Servidores Públicos Federais no Estado do Maranhão, Sindsep/MA, o governo
federal tem responsabilidade direta nesse clima de insegurança e violência que
tem assolado o país.
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