Está cada vez
mais claro que a privatização das estatais não traz nenhum benefício para a
população brasileira. Todo esse discurso do governo Bolsonaro em favor das
privatizações não passa de uma manobra para beneficiar seus aliados e alguns
poucos empresários ligados ao mercado financeiro que não se importam com o bem
estar do povo brasileiro e muito menos com a estabilidade econômica do Brasil.
Menos de quinze
dias após a privatização da Eletrobras, que segundo Bolsonaro iria ser mais
eficiente após a desestatização, foi aprovado um reajuste das bandeiras
tarifárias. A bandeira vermelha, por exemplo, terá um aumento de 63,7% e a
bandeira amarela irá subir 59,5%. Os novos valores entram em vigor a partir de
1º de julho e irão valer até meados de 2023.
A privatização não
irá baixar preços em nenhuma área, inclusive porque a lógica do mercado é ter
lucro e quanto mais lucro melhor para os investidores que na maioria dos casos
não moram nem no Brasil.
É preciso que a
população fique atenta e não permita que mais privatizações sejam feitas no
Brasil com essa mesma justificativa falsa de melhoria no atendimento e
diminuição dos preços.
O grande filão
da vez é a Petrobras, um dos maiores patrimônios brasileiros e que o ministro
da Economia Paulo Guedes quer entregar à iniciativa privada com o mesmo
discurso de mais eficiência e por conseguinte, menores preços. Mais uma falácia
para tungar nossas reservas de petróleo e tirar do país mais uma empresa
estratégica para o controle da inflação, uma vez que a maioria dos alimentos e
bens de consumo são transportados no Brasil por rodovias.
É importante
lembrar que a alta dos preços dos combustíveis atualmente deriva de uma
conjuntura externa, associada à péssima gestão política e econômica do governo
Bolsonaro, o que elevou o valor do dólar a mais de R$ 5,00, sem esquecer que a
política de preços praticada pela Petrobras desde o golpe de 2016 é a de
internacionalização e dolarização dos combustíveis, sem levar em consideração o
fato de o Brasil ser auto suficiente em petróleo.