segunda-feira, 6 de junho de 2022

A “Unidade” da porrada e da imposição

 


Como era de esperar o Encontro de Tática do PT não foi nada pacífico ou sequer esteve perto de ser pacificado como seus interventores quiseram propalar aos quatro cantos através dos blogs e rádios pagos pelo palácio dos Leões.

Além de muita confusão e até agressões verbais e físicas, a máquina governista, aliada ao poder obscuro do tubérculo que mandou seu genro para desrespeitar o processo e agredir militantes históricos do Partido que ele próprio trocou por uma sinecura vitalícia lá para as bandas do viaduto do trabalhador, o Encontro do PT aprovou apenas o que queria o ex-governador Flávio Dino: o apoio à chapa de direita, Brandão/Camarão e a imposição do apoio ao seu nome para o senado. A nominata para deputados federais e estaduais foi remetida à executiva do Partido em mais uma medida autoritária e que fere o Estatuto do PT.

Pela primeira vez alguém de fora do PT conseguiu sufocar e calar a vontade da base petista no Maranhão, transformando o Partido em mais uma sigla de aluguel em que o “dono” é quem determina a quem irá vender o tempo de televisão e administrar o fundo partidário.

As decisões eleitorais no PT nunca foram fáceis e apenas uma coisa sempre foi unanimidade na agremiação partidária que tem como uma de suas marcas o respeito ao contraditório e à pluralidade de pensamento: a liderança de LULA e a defesa de seu legado pelos direitos trabalhistas e sociais.

Dessa vez, entretanto, com o desejo de vingança de Flávio – que se sentiu traído em 2010 quando a direção nacional interveio no resultado para entregar o PT à Roseana – aliado à força de Macaxeira que volta a ter o controle do PT – inclusive nomeando o próprio genro para a MOB – mesmo após abandoná-lo e deixar a luta social para realizar seus desejos pessoais de ascensão e riqueza pessoal, o Encontro de tática do PT foi uma verdadeira tragédia.  

Misoginia, agressões verbais gratuitas e até agressões físicas parecem ter sido o começo da derrocada do Partido no Estado ou seu renascimento, tudo irá depender da posição da grande maioria da Base petista que não concorda com esse processo de intervenção se irá rebelar-se ou não contra os dirigentes que defendem seus contracheques, abandonando de vez essa loucura de acompanhar a chapa direitista de Brandão (ex-PSDB) e Camarão (ex- DEM) que está fadada ao fracasso.

Uma coisa já está certa: com essa guinada à direita e seu autoritarismo, Flávio Dino está ficando cada vez mais isolado e mal visto entre os partidos de esquerda e os movimentos sociais, inviabilizando a reeleição do governador tampão Carlos Brandão e pondo em risco até a sua eleição ao senado, dado anteriormente como certa.

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