quarta-feira, 22 de junho de 2022

Privatização gera aumento de preços

 


Está cada vez mais claro que a privatização das estatais não traz nenhum benefício para a população brasileira. Todo esse discurso do governo Bolsonaro em favor das privatizações não passa de uma manobra para beneficiar seus aliados e alguns poucos empresários ligados ao mercado financeiro que não se importam com o bem estar do povo brasileiro e muito menos com a estabilidade econômica do Brasil.

Menos de quinze dias após a privatização da Eletrobras, que segundo Bolsonaro iria ser mais eficiente após a desestatização, foi aprovado um reajuste das bandeiras tarifárias. A bandeira vermelha, por exemplo, terá um aumento de 63,7% e a bandeira amarela irá subir 59,5%. Os novos valores entram em vigor a partir de 1º de julho e irão valer até meados de 2023.

A privatização não irá baixar preços em nenhuma área, inclusive porque a lógica do mercado é ter lucro e quanto mais lucro melhor para os investidores que na maioria dos casos não moram nem no Brasil.

É preciso que a população fique atenta e não permita que mais privatizações sejam feitas no Brasil com essa mesma justificativa falsa de melhoria no atendimento e diminuição dos preços.

O grande filão da vez é a Petrobras, um dos maiores patrimônios brasileiros e que o ministro da Economia Paulo Guedes quer entregar à iniciativa privada com o mesmo discurso de mais eficiência e por conseguinte, menores preços. Mais uma falácia para tungar nossas reservas de petróleo e tirar do país mais uma empresa estratégica para o controle da inflação, uma vez que a maioria dos alimentos e bens de consumo são transportados no Brasil por rodovias.

É importante lembrar que a alta dos preços dos combustíveis atualmente deriva de uma conjuntura externa, associada à péssima gestão política e econômica do governo Bolsonaro, o que elevou o valor do dólar a mais de R$ 5,00, sem esquecer que a política de preços praticada pela Petrobras desde o golpe de 2016 é a de internacionalização e dolarização dos combustíveis, sem levar em consideração o fato de o Brasil ser auto suficiente em petróleo.

 

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