A política partidária exige traquejo, humildade e
respeito, sem falar da confiança e obrigatoriedade de cumprir acordos. Parece que os
muitos anos como juiz tiraram alguns desses pré-requisitos de Flávio Dino.
Mesmo sendo eleito em 2014 com a união de muitos partidos
de diversas matizes políticas cantando o mantra de libertar o Maranhão da oligarquia
Sarney e de que o Palácio dos Leões não usaria mais suas patas poderosas contra
seu povo, mas o que se viu nos últimos sete anos foi exatamente o contrário.
Muitos prefeitos reclamando por não terem suas
demandas atendidas e às vezes sem ao menos terem a oportunidade de serem recebidos
pelo governador. Arrogância e indelicadeza como aconteceu com a ex-prefeita Maura
Jorge e a prefeita Belezinha, destratadas em suas cidades pelo ex-governador
Flávio Dino em pleno palanque.
A ingerência do ex-juiz no PT indicando a coligação
com o PSB e exigindo a indicação de Felipe Camarão para vice na chapa com
Brandão também arranhou sua biografia junto à base petista, que exige respeito
e por conta disso parte dos filiados insurgiram-se e vão homologar no Encontro
de Tática Eleitoral dias 28 e 29 o nome de Zé Inácio como vice, contrariando a
vontade de Dino.
O resultado disso é que a cada dia que passa fica mais
complicada a reeleição do governador tampão Carlos Brandão que perde aliados que
eram praticamente certos, e um cenário ainda mais improvável há algum tempo começa
a ser consolidado; a não eleição de Flávio Dino ao senado que estava praticamente
sacramentada.
Uma grande frente ampla de oposição ao governador tampão
e ao próprio Flávio Dino começa a tomar forma e alimenta o foguete do senador
Weverton Rocha na jornada de retomada do palácio dos Leões pelo povo
maranhense.
A decisão do deputado Josimar de Maranhãozinho e seus
aliados – que estavam sendo cobiçados e assediados pelos leões – de acompanhar
o projeto de um Maranhão mais Feliz com o senador Weverton fere de morte a
campanha dos Leões e seus ocupantes de continuarem no poder e de quebra
encurrala ainda mais a tentativa do ex-governador de ganhar a única vaga em
disputa ao senado nas eleições de outubro.
Agora é esperar a turma que se esconde nos porões do PSB
começar a destratar Maranhãozinho e seus aliados chamando-os de Bolsonaristas.
A hipocrisia também mora nos Leões.
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