segunda-feira, 16 de maio de 2022

Sobrou D(i)no e faltou cheiro de povo

 


A tentativa de privatizar a campanha do Lula no Maranhão está custando muito caro ao ex-governador Flávio Dino. Além de desestabilizar a Base local do PT, começa a fazer água também entre os dirigentes de alto coturno na direção estadual, sem falar que a direção nacional do Partido, e gente muito próxima ao Lula, também já estão incomodados com a postura do ex-juiz e buscam através do senador Weverton a ampliação dos espaços pró-Lula no Maranhão principalmente no palanque do pedetista, que segundo as pesquisas já está com os dois pés do segundo turno da eleição para o governo do Estado.

Na última sexta-feira, Flávio mais uma vez tentou mostrar força para impor sua propriedade sobre a marca “LULA” e promoveu o pré-lançamento da chapa Lula/Alckmin em um ato organizado em uma casa de eventos de luxo pelo que ele chamou de o “time de Lula no Maranhão”.

Muito longe de ter a cara do Lula e do povo que o apoia, o evento teve como característica o uso da máquina pública, com dezenas de servidores sendo vigiados pelos seus chefes, lideranças de partidos com cargos na estrutura do governo do Estado, a turma pessoal do ex-governador e pouquíssimos militantes das bases sociais.

Como dito em muitos blogs, faltou petistas em um evento que deveria ser capitaneado pelo Partido dos Trabalhadores, afinal, Lula é um patrimônio do PT e é a maior liderança dos movimentos sociais e sindicais do mundo, sendo assim o maior capital político de qualquer eleição.

Esse episódio mostra mais uma vez que se Flávio Dino não mudar os rumos de sua campanha em direção às bases partidárias e sociais que fizeram dele o governador do Maranhão em 2014, concretizando as promessas de campanha de rejuvenescer o quadro político do Estado, incentivando as novas lideranças e aprofundando as políticas públicas e sociais de viés mais à esquerda, estará caminhando para o abismo eleitoral. Ao invés de ser o senador mais votado na história poderá ser o primeiro ex-governador a sair do governo do Estado e além de não eleger o seu candidato a governador, também não conseguirá a vaga para a Câmara Alta.

Para cumprir a determinação do diretório nacional de aumentar o leque de alianças e possíveis palanques para a chapa LULA/Alckmin, grande parte da militância do PT, dirigentes de várias correntes do Partido, lideranças do movimento social e sindical reunirão no Sindep/MA hoje, a partir das 18:00 horas para organizar sua participação no Encontro Estadual de Tática Eleitoral que acontecerá nos dias 28 e 29 de maio com o objetivo de definir os rumos do PT nas eleições de 2022. 

A Tese defendida pelo grupo, além de priorizar a aliança com o senador Weverton, que tem historicamente proximidade política e ideológica com o campo petista, argumenta também a necessidade de palanques múltiplos para Lula no Maranhão, afinal, não parece lógico que a direção nacional faça tanto esforço nacionalmente para ampliar apoios criando uma frente ampla e aqui no Maranhão a direção estadual do PT caia na armadilha de Flávio Dino de restringir ao palanque de Lula apenas seus indicados; ex-“demo” Felipe Camarão, ex-tucano Carlos Brandão e até  bolsonarentos como Pedro Lucas e Fufuca.

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