A hipocrisia incrustrada em grande parte da sociedade brasileira e encampada pela grande imprensa nacional resolveu escancarar seu complexo de vira-latas ao tratar o discurso do presidente LULA na Etiópia como uma provocação desnecessária ao governo de Israel.
Ora, qual o
papel de um líder político mundial senão o de discutir com outros líderes e orientar
as pessoas a respeitarem as leis e resoluções dos órgãos multilaterais como a
ONU? Para tanto, claro, as resoluções aprovadas precisam ser obedecidas por
todos os líderes mundiais, sem proteção a uns em detrimento de outros.
Israel com o apoio inconteste dos Estados Unidos
claramente
vem desobedecendo tais resoluções há décadas e agora, mesmo com deliberação da
ONU para um cessar fogo, resolveu que definitivamente não irá parar sua máquina
de guerra enquanto não expulsar ou exterminar o povo palestino da faixa de Gaza.
Sob a justificativa de derrotar os terroristas do Hamas, o governo de Netanyahu está matando
mulheres e crianças e até médicos e socorristas em ambulâncias e hospitais, e é
sobre isso e para esse terror que o presidente LULA chamava a atenção em sua
fala.
Não podemos
achar aceitável que em uma operação de guerra para deter terroristas tenha um saldo
de mais de 20.000 mortos e desses, que dois terços sejam de mulheres e
crianças. Segundo a ONU, uma criança é morta a cada dez minutos em Gaza. Se
isso não deve ser considerado como genocídio, acho que está na hora de mudarmos
o significado do termo.
Para aqueles
que hoje atacam o presidente LULA, peço a seguinte reflexão; Se vocês tivessem
nascido na palestina e hoje vivessem lá, como chamariam o governo de Benjamin Netanyahu? O
quer fariam se vissem seus filhos que já padeciam de fome por conta do cerco de
Israel, agora fossem brutalmente mortos pela força de ocupação sionista?
Toda
solidariedade ao presidente LULA e vamos fazer uma corrente para que outros líderes
mundiais tenham coragem e também denunciem o genocídio colocado em curso pelo
governo israelense.
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