terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dois pesos e duas medidas

A grande mídia mais uma vez fez questão de ignorar o aumento acima da inflação dado ao setor judiciário. Quando os servidores públicos do executivo conseguem negociar qualquer benefício, por menor que seja, as grandes redes de comunicação logo procuram os mais diversos “técnicos” para alardear o quanto esse acordo afetará as contas do país. Entretanto, quando as benesses são direcionadas ao setor mais abastado da sociedade, o que vemos são algumas linhas justificando a necessidade do aumento dado ao setor.

Não somos contra reajustes. No entanto, esperávamos que pelo menos fossem isonômicos. Não podemos aceitar que alguns setores sejam privilegiados em detrimento de outros, principalmente quando os que estão sendo privilegiados novamente agora, também já o foram no passado.

Os servidores públicos federais, por exemplo, estão no meio de uma briga com o Ministério do Planejamento, para que sejam cumpridos os acordos assinados com a categoria ainda no ano passado. O ministro Paulo Bernardo acena com a possibilidade de o governo não cumprir parte do que foi negociado com a desculpa de uma queda na arrecadação em função da crise econômica mundial. Ora, se o governo está tendo dificuldade de cumprir o que foi negociado há mais de um ano, por que o tratamento diferenciado com o judiciário?

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