O
debate sobre a proposta do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e
Inovação para o Desenvolvimento da Amazônia foi a pauta do Fórum
Regional Norte do Concecti & Confap realizado, nesta sexta-feira
(1º), em São Luís. O encontro foi organizado pelo
Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Ciência e
Tecnologia (Sectec) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao
Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).
A
reunião foi aberta pelo presidente do Consecti, Odenildo Sena, e contou
com a presença da representante do Ministério da Ciência e Tecnologia,
Ana Lúcia Assad, chefe da Assessoria de Coordenação dos Fundos
Setoriais; de Antônio Galvão, diretor do Centro de Gestão de Estudos
Estratégicos (CGEE), do gerente do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID), Jose Luis Lupo, além dos anfitriões do evento, a
secretária de Ciência, Tecnologia, Rosane Guerra e do presidente da
Fapema, Antônio Luiz Amaral Pereira e de outros 27 representantes de
órgãos e instituições estaduais da Amazônia Legal.
Na
reunião, os participantes conheceram os detalhes do plano de ação, e
foram apresentados à proposta da Agenda de Curto Prazo, que será
executada entre os anos de 2013 e 2015. Entre as metas apresentadas
estão o alinhamento da estratégia de ciência e tecnologia para Amazônia
ao programa Brasil Maior; a ampliação da dimensão regional das
propostas, a articulação entre segmentos sócio-produtivos para auxiliar a
formatação em rede das propostas pró-Amazônia; e a apresentação de
novas opções de negócios sustentáveis.
O
presidente do Fórum, Odenildo Sena, lembrou que o plano é fruto de
diversas reuniões que vem acontecendo em várias estados da região que
compõe a Amazônia Legal, o que possibilita um entendimento mais amplo e
claro das iniciativas que foram tomadas. "Esses fóruns nós já realizamos
em várias unidades e o que temos aqui, foi feito a partir do que já
estudamos e que nos possibilitou construir esse referencial para
ciência, tecnologia e inovação, pois estamos ávidos para conquistar
esses espaços e o desenvolvimento de nossa região", salientou.
Para
Ana Lúcia Assad, a iniciativa é fundamental para promover uma região
competitiva no setor. "A ação faz parte da articulação dos estados. O
Ministério da Ciência e Tecnologia já vem executando um conjunto de
ações importantes, construídas por eles. Há exemplos como o Renobio, o
Bionorte que tem dado o impulso para a formação de recursos humanos e
empreendedorismo. Acredito que o debate estratégico é fundamental para
que possamos avançar ainda mais", argumenta.
Entre
os projetos que integram documento, estão o Programa Biota, do Mato
Grosso, com a proposta de uma base para uso e a valoração da
biodiversidade na gestão das políticas públicas no estado; o
Desenvolvimento de Cadeias de processamento de produtos Vegetais,
realizada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (Fapespara); e
ainda a implantação do Polo Tecnológico Cidade Empresarial e o Centro de
Pesquisa em Corrosão, ambas originadas pela Secet do Maranhão.
Na
visão da secretária de Ciência Tecnologia e Ensino Superior do
Maranhão, Rosane Guerra, essas iniciativas estão sendo buscadas, como
por exemplo, através de mecanismos que auxiliem na valorização e na
ampliação da infraestrutura para produção regional. "O BID, por exemplo,
tem se mostrado inclinado a fazer parte do plano com a destinação de
recursos financeiros aos projetos que serão implantados", explicou.
"Nós
temos mais de 53 anos trabalhando na America Latina, justamente através
de ações para combater a pobreza e para a produtividade e o crescimento
econômico. E isso é feito em vários eixos, principalmente no
desenvolvimento sustentável. Por isso essa iniciativa aqui é muito
importante, pois podemos aproveitar todas as possibilidades de
desenvolvimento", ratificou o gerente do BID, Jose Luis Lupo.
Para
os membros das Fap's e secretários presentes à reunião, o Plano de Ação
servirá também como um aliado, não só para promover o desenvolvimento
em ciência, tecnologia e inovação, mas também para elevar os índices de
desenvolvimento humano dos estados da região. O Plano de Ação
apresentado tem como eixo central a Ciência, Tecnologia e Inovação com
foco na mudança da natureza das relações de exploração da biodiversidade
da Amazônia, o que contribuiria diretamente para a melhoria dos índices
sociais.
Nesse
contexto, o diretor do CGEE, Antônio Carlos Galvão, fez um elogio ao
estado do Maranhão, que tem aplicado recursos convergentes para o
desenvolvimento da ciência e tecnologia, com foco na redução da pobreza.
"O que queremos é exatamente isso. Que haja uma percepção coletiva de
que investir em ciência e tecnologia significa desenvolver alternativas
para eliminar a pobreza", analisou. Hoje a Amazônia legal brasileira
possui 5,0 milhões de km2, correspondentes a 58,8% do território
nacional.
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