terça-feira, 10 de outubro de 2023

Palestina em Chamas; causas e consequências

 


Mais uma vez o povo Palestino pede socorro e sofre as consequências pelo cansaço de setenta anos de opressões e mortes na luta por soberania e defesa de suas casas e famílias.

A máquina de guerra de Israel vem ao longo dos anos dizimando o povo palestino, tomando suas casas, plantações e o direito à sobrevivência. Com a desculpa de assegurar a segurança de seus cidadãos, o governo israelense foi aos poucos criando a maior prisão sem teto do mundo em Gaza.

Um verdadeiro campo de concentração com mais de 2 milhões de seres humanos tratados pior do que a animais, onde a população palestina não tem direitos básicos respeitados, sem água tratada e eletricidade para todos, sem serviços de saúde, sem escolas e sem empregos por conta do cerco imposto por Israel, que define o que pode e o que não pode entrar na região.

Esse é o contexto em que vivem os palestinos há mais de setenta anos, quando em 1947 as maiores nações do mundo de forma vergonhosa tomaram as terras do povo palestino e impuseram a eles a criação de um estado israelense no coração de seu território, além de impedirem a independência e criação do Estado palestino, até então sob domínio da Inglaterra.

É importante destacar que a atitude das milícias do Hamas, de atacar e sequestrar civis israelenses não é correta e precisa ser repudiada, mas por outro lado as autoridades mundiais também não podem fazer vistas grossas ao genocídio praticado pela máquina de guerra de Israel há décadas, inclusive agora, quando impede os mais de 2 milhões de palestinos da faixa de Gaza de ter acesso a água, energia e gás.

Já passou da hora da comunidade internacional reconhecer sua parcela de culpa, forçar um cessar fogo e impor a criação do Estado palestino com fronteiras demarcadas e reconhecidas por ambos com a responsabilidade de respeito mútuo e arbitragem da ONU.

Só assim o povo israelense e o povo palestino poderão finalmente viver em paz e construir um novo momento no oriente médio, servindo inclusive de exemplo para a resolução de outras contendas no mundo.

Para tanto, a imprensa também tem um papel importante nesse contexto. É necessário que também assuma sua responsabilidade e para além de preconceitos e posições ideológicas, passe a contar os fatos de forma menos parcial, buscando expor a verdadeira causa do conflito, ou seja, o direito dos palestinos de existirem em seu território de forma segura e independente.

Chega de violência e mortes! A comunidade internacional não pode permitir que aconteça com o povo palestino o mesmo que aconteceu com os próprios judeus na Alemanha nazista, quando quase foram exterminados por uma política de limpeza étnica promovida por Hitler.


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