Mais uma vez o povo Palestino
pede socorro e sofre as consequências pelo cansaço de setenta anos de opressões
e mortes na luta por soberania e defesa de suas casas e famílias.
A máquina de guerra de
Israel vem ao longo dos anos dizimando o povo palestino, tomando suas casas,
plantações e o direito à sobrevivência. Com a desculpa de assegurar a segurança
de seus cidadãos, o governo israelense foi aos poucos criando a maior prisão
sem teto do mundo em Gaza.
Um verdadeiro campo de
concentração com mais de 2 milhões de seres humanos tratados pior do que a animais,
onde a população palestina não tem direitos básicos respeitados, sem água
tratada e eletricidade para todos, sem serviços de saúde, sem escolas e sem
empregos por conta do cerco imposto por Israel, que define o que pode e o que
não pode entrar na região.
Esse é o contexto em que
vivem os palestinos há mais de setenta anos, quando em 1947 as maiores nações
do mundo de forma vergonhosa tomaram as terras do povo palestino e impuseram a
eles a criação de um estado israelense no coração de seu território, além de
impedirem a independência e criação do Estado palestino, até então sob domínio da
Inglaterra.
É importante destacar que
a atitude das milícias do Hamas, de atacar e sequestrar civis israelenses não é
correta e precisa ser repudiada, mas por outro lado as autoridades mundiais
também não podem fazer vistas grossas ao genocídio praticado pela máquina de
guerra de Israel há décadas, inclusive agora, quando impede os mais de 2 milhões
de palestinos da faixa de Gaza de ter acesso a água, energia e gás.
Já passou da hora da
comunidade internacional reconhecer sua parcela de culpa, forçar um cessar fogo
e impor a criação do Estado palestino com fronteiras demarcadas e reconhecidas
por ambos com a responsabilidade de respeito mútuo e arbitragem da ONU.
Só assim o povo
israelense e o povo palestino poderão finalmente viver em paz e construir um
novo momento no oriente médio, servindo inclusive de exemplo para a resolução
de outras contendas no mundo.
Para tanto, a imprensa também
tem um papel importante nesse contexto. É necessário que também assuma sua
responsabilidade e para além de preconceitos e posições ideológicas, passe a
contar os fatos de forma menos parcial, buscando expor a verdadeira causa do
conflito, ou seja, o direito dos palestinos de existirem em seu território de
forma segura e independente.
Chega de violência e
mortes! A comunidade internacional não pode permitir que aconteça com o povo
palestino o mesmo que aconteceu com os próprios judeus na Alemanha nazista,
quando quase foram exterminados por uma política de limpeza étnica promovida
por Hitler.
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