quarta-feira, 27 de maio de 2009

Apesar de tanta arrecadação, o caos continua

De 1º de janeiro a 27 de maio de 2009 os brasileiros trabalharam apenas para pagar impostos, taxas e contribuições. Ou seja, quase metade de tudo que o trabalhador recebe é repassado ao governo em forma de tributos e taxas. O pior de tudo, é que a finalidade da cobrança de impostos nas esferas municipais, estaduais e pelo governo federal, seria o atendimento das necessidades básicas da população, principalmente no que se refere à infra-estrutura, saneamento, educação e segurança pública. No entanto, o que vemos é uma total falta de ação por parte dos gestores em praticamente todas estas áreas. A sociedade precisa ficar atenta, e cobrar de seus gestores, principalmente as ações municipais, que estão mais próximas da população.

Não podemos aceitar que apesar de pagar tanto impostos nossos hospitais públicos ainda sejam verdadeiros depósitos de doentes, com pacientes esperando atendimentos pelos corredores, sofrendo pela falta até de vagas. O hospital Socorrão II, em São Luís é um exemplo disso. Após uma série de denúncias, o Ministério Público constatou várias irregularidades, o que gerou até a exoneração do atual diretor. É importante que a Secretaria de Saúde do Município tome as providencias necessárias para resolver o problema, no entanto, não acredito que a simples mudança de diretoria possa resolver a situação. Essa atitude é apenas para abrandar a opinião pública.

O que poderá mudar realmente esta situação trágica em que se encontra o nosso sistema de saúde, e mais especificamente a parte de urgência e emergência é uma ação de Governo, pautado principalmente em debates com a comunidade, que precisa dos atendimentos, e os médicos que necessitam de uma infra-estrutura adequada para atender os pacientes, além dos próprios gestores que deverão transformar essas discussões em políticas públicas de saúde.

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