terça-feira, 4 de agosto de 2009

Tropa de choque tenta segurar Sarney

Os aliados do senador José Sarney (PMDB/AP), esperavam que com o recesso parlamentar, o velho oligarca tivesse uma folga. No entanto, o que se viu foi um verdadeiro derrame de denúncias contra o presidente do Senado, sua família, e os velhos vícios dos coronéis em suas ligações com o Poder. Agora, com o reinício das atividades no Congresso Nacional, e a volta dos senadores à tribuna da casa, os discursos pedindo a renúncia do presidente Sarney voltaram a aparecer. Para tentar neutralizar essa tendência, os aliados de Sarney partiram para o ataque logo no primeiro dia após o recesso contra todos os senadores que se dispuseram a pedir pela renúncia do presidente Sarney. Com essa manobra, a tropa de choque do senador maranhense espera segurá-lo na presidencia da casa.


Nesta segunda-feira, o plenário do Senado foi palco de uma cena estranha até para o parlamento brasileiro - envolvido em tantos escândalos. Com discursos acalorados e frases com duplos sentidos e até de natureza chula, como a que o ex-presidente Collor endereçou ao senador Pedro Simon. "São palavras que eu quero que o senhor as engula e as digira como achar conveniente." Com a posição adotada por seus aliados de partir para o ataque, Sarney espera intimidar seus adversários e sair do centro do furacão.


O pior em tudo isso, é que enquanto os coronéis se digladiam e disputam por espaço no Senado, a casa continua parada e gastando o dinheiro dos contribuintes.

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