Representantes
dos trabalhadores de vários estados estiveram reunidos ontem pela manhã na
Condsef em Brasília para discutir e alinhar a pauta dos servidores para a
reunião com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), na 3ª
reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) no período da
tarde.
Pelo Sindsep/MA estavam
presentes o presidente João Carlos Martins e o vice Raimundo Pereira. Além de
levar as demandas específicas dos servidores do Maranhão, os representantes
maranhenses ajudaram a mostrar a força e unidade dos trabalhadores do serviço
público em torno de uma pauta unificada para o setor.
João Carlos Martins
destacou o esforço da Condsef nesse processo e a importância dos dirigentes
afinarem o discurso para que não haja ruídos e assim a categoria consiga
enfrentar as adversidades impostas às negociações com o governo.
“É muito importante que nós tenhamos um discurso único em defesa dos serviços públicos em todos os estados para que possamos pressionar o governo e o Congresso da necessidade de reestruturação dos serviços públicos e a valorização dos servidores”, disse João Carlos Martins, presidente do Sindsep/MA.
Já Raimundo Pereira
chamou a atenção para a necessidade de implantação imediata das mesas de
negociação setoriais, onde as demandas específicas de cada setor serão
debatidas.
“Nós precisamos negociar
as questões gerais, mas não podemos deixar de lado questões específicas de cada
setor que estão pendentes há muito tempo sem qualquer negociação”, explicou Raimundo
Pereira, vice-presidente do Sindsep/MA.
Reunião
com o Ministério
da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)
À tarde
a 3ª reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) deixou frustrados os
trabalhadores com o impasse sobre os valores do reajuste para 2024.
Segundo o MGI, a
apresentação de qualquer proposta de reajuste para o conjunto dos servidores do
Executivo Federal em 2024 está condicionada à aprovação do PLP 93/2023,
conhecido como 'novo arcabouço fiscal', uma vez que enquanto não for aprovado um novo sistema, o que prevalece é
a regra imposta pela EC 95/16, do Teto de Gastos, que proíbe o aumento de salários
com os servidores públicos.
O MGI disse esperar que o novo arcabouço seja aprovado logo e
marcou para o dia 1º de setembro a próxima reunião da Mesa Nacional de
Negociação Permanente, enquanto isso, outros itens da pauta não econômica
seguirão com os debates, a exemplo das definições sobre liberação de mandato
classista e criação de unidade gestora exclusiva para atender aposentados e pensionistas
do setor público.
“Sabemos que a
interrupção, mesmo que temporária das discussões sobre o reajuste dos
servidores é muito frustrante, entretanto, entendemos a complexidade da
situação e cabe a nós agora pressionarmos os deputados para que aprovem o mais
rápido possível o novo arcabouço, para que assim possamos voltar a mesa de
negociações” afirmou João Carlos Martins.
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