quarta-feira, 26 de julho de 2023

Lira faz chantagem e ameaça pautar reforma administrativa

 


Mais uma vez o fantasma da reforma administrativa volta a assustar os brasileiros. Sim, assustar os brasileiros, afinal, quem mais perde com a falência dos serviços públicos é a população que deles necessita, principalmente os mais pobres.

O presidente da Câmara Federal, Arthur Lira em encontro com os empresários em São Paulo pediu apoio do empresariado e dos grandes conglomerados de comunicação para que pudesse cumprir a ameaça de colocar em pauta a reforma administrativa de Paulo Guedes que desmonta os serviços públicos e tem como objetivo acelerar a terceirização e a privatização das empresas públicas, mesmo essa tese tendo sido vencida na eleição de 2022.

A justificativa é sempre a mesma, inchaço da máquina pública e diminuição dos altos custos para a União. Ora, essa narrativa se perde primeiro, por não ser verdadeira, depois, por ter no fundo a intenção apenas de privatizar e ou terceirizar os serviços com salários mais baixos e com perdas de direitos para os trabalhadores e trabalhadoras, gerando lucros para aqueles empresários que irão receber uma fortuna do governo e repassar aos funcionários salários menores e sem benefícios sociais, como já acontece em diversos setores dos serviços públicos, principalmente nos estados e municípios.

Na realidade o que é necessário e urgente é que as carreiras de estado sejam estruturadas e que os trabalhadores do judiciário, executivo e legislativo tenham melhores condições de trabalho com equidade entre os três poderes. Essa reforma do Paulo Guedes não elimina as distorções e os privilégios e ainda aprofunda a desigualdade.

Hoje temos nos serviços públicos da União aproximadamente 650 mil servidores, quando na realidade precisaríamos de pelo menos o dobro disso para atender os mais de 220 milhões de brasileiros. E o que assusta é que desses 650 mil, cerca de 25 mil recebem acima do teto constitucional de R$ 39.293 mensais, enquanto os outros 625 mil que estão na mira do presidente Lira recebem em média menos de cinco salários mínimos.

A sociedade precisa reagir, afinal de contas, se a população quisesse continuar com os desmonte do Estado não teriam eleito o presidente LULA, que em campanha prometeu a valorização dos servidores e o fortalecimento com a reestruturação dos serviços públicos.

O governo federal precisa também assumir para si a responsabilidade de frear essa iniciativa nefasta do presidente Arthur Lira de entregar os serviços públicos para a iniciativa privada que não tem como objetivo gerar bem estar social para a população e sim ter lucros e nesse quesito, quanto mais, melhor, sem importar a que custo social para o povo.

Os Sindicatos, Federações, Confederações e Centrais sindicais precisam também mobilizar suas bases e a os usuários para ocupar as ruas pressionando parlamentares e gestores contra mais essa tentativa de desmonte dos hospitais, escolas, universidades e os serviços de infraestrutura tão importante para a grande parcela da população.

Os servidores públicos tem um papel importante também nesse processo e precisam conversar entre si e também com seus familiares para fortalecer a luta contra esse desastre.

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