Mais uma vez o
fantasma da reforma administrativa volta a assustar os brasileiros. Sim, assustar
os brasileiros, afinal, quem mais perde com a falência dos serviços públicos é
a população que deles necessita, principalmente os mais pobres.
O presidente da Câmara
Federal, Arthur Lira em encontro com os empresários em São Paulo pediu apoio do
empresariado e dos grandes conglomerados de comunicação para que pudesse
cumprir a ameaça de colocar em pauta a reforma administrativa de Paulo Guedes
que desmonta os serviços públicos e tem como objetivo acelerar a terceirização
e a privatização das empresas públicas, mesmo essa tese tendo sido vencida na
eleição de 2022.
A justificativa é
sempre a mesma, inchaço da máquina pública e diminuição dos altos custos para a
União. Ora, essa narrativa se perde primeiro, por não ser verdadeira, depois,
por ter no fundo a intenção apenas de privatizar e ou terceirizar os serviços
com salários mais baixos e com perdas de direitos para os trabalhadores e
trabalhadoras, gerando lucros para aqueles empresários que irão receber uma
fortuna do governo e repassar aos funcionários salários menores e sem
benefícios sociais, como já acontece em diversos setores dos serviços públicos,
principalmente nos estados e municípios.
Na realidade o que é
necessário e urgente é que as carreiras de estado sejam estruturadas e que os
trabalhadores do judiciário, executivo e legislativo tenham melhores condições
de trabalho com equidade entre os três poderes. Essa reforma do Paulo Guedes não
elimina as distorções e os privilégios e ainda aprofunda a desigualdade.
Hoje temos nos
serviços públicos da União aproximadamente 650 mil servidores, quando na
realidade precisaríamos de pelo menos o dobro disso para atender os mais de 220
milhões de brasileiros. E o que assusta é que desses 650 mil, cerca de 25 mil
recebem acima do teto constitucional de R$ 39.293 mensais,
enquanto os outros 625 mil que estão na mira do presidente Lira recebem em
média menos de cinco salários mínimos.
A sociedade precisa reagir, afinal de contas, se a população quisesse
continuar com os desmonte do Estado não teriam eleito o presidente LULA, que em
campanha prometeu a valorização dos servidores e o fortalecimento com a reestruturação
dos serviços públicos.
O governo federal precisa também assumir para si a
responsabilidade de frear essa iniciativa nefasta do presidente Arthur Lira de entregar
os serviços públicos para a iniciativa privada que não tem como objetivo gerar
bem estar social para a população e sim ter lucros e nesse quesito, quanto mais,
melhor, sem importar a que custo social para o povo.
Os Sindicatos, Federações, Confederações e Centrais sindicais
precisam também mobilizar suas bases e a os usuários para ocupar as ruas pressionando
parlamentares e gestores contra mais essa tentativa de desmonte dos hospitais,
escolas, universidades e os serviços de infraestrutura tão importante para a
grande parcela da população.
Os servidores públicos tem um papel importante também nesse
processo e precisam conversar entre si e também com seus familiares para
fortalecer a luta contra esse desastre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário