terça-feira, 26 de maio de 2015

Agricultura familiar leva dignidade para o campo

 
 
Distante dos tempos em que, para alimentar suas famílias, milhões de pequenos agricultores deixavam para trás os sonhos de uma vida digna no meio rural, o Brasil deste século 21 convive com uma nova geração que valoriza o trabalho agrícola e aproveita a crescente melhora das condições de subsistência no campo. Segundo uma pesquisa do Núcleo de Educação a Distância (Nead), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), cerca de 84% dos agricultores brasileiros não trocariam a vida rural por uma oportunidade de trabalho nas grandes cidades.
 
A expansão contínua dos pedidos de crédito agrícola no Brasil confirma os dados do levantamento do Nead. O País possui hoje mais de 4,8 milhões de famílias de pequenos agricultores, parcela fundamental para o desenvolvimento da economia nacional. Para se ter uma ideia do papel da agricultura familiar, basta comparar os números. De acordo com o último Plano Safra 2014/2015, o crédito para o setor saltou de R$ 2,3 bilhões, em 2002/2003, para R$ 24,1 bilhões, o maior volume da história.
 
O sucesso do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) garantiu a expansão da linha de crédito. Na semana passada, a presidenta Dilma Rousseff reuniu-se com representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e afirmou que o Plano Safra 2015/2016 terá no mínimo R$ 25 bilhões. O plano será anunciado em junho pelo governo.
 
Os valores são resultado da consolidação, na última década, da integração de políticas públicas com foco na criação de melhores oportunidades profissionais para o trabalhador rural. Segundo o secretário Nacional da Agricultura Familiar do MDA, Onaur Ruano, aumentar o acesso às políticas públicas para a agricultura familiar é fundamental para o crescimento do pequeno produtor.
 
“As ações desenvolvidas pelo MDA são ajustadas às necessidades dos agricultores e empreendimentos familiares, de acordo com o seu perfil socioeconômico, desde a elaboração de diagnósticos, planos e projetos, até um conjunto de atividades para apoiar as famílias rurais em todo o sistema de produção e gestão do estabelecimento”, afirma Ruano.
 
Para gerar melhores resultados, a última edição do Plano Safra da Agricultura Familiar ampliou o escopo de atuação. Por meio do plano, o governo equilibra o aumento da produção de alimentos, a garantia de renda ao produtor e a estabilidade de preços ao consumidor. Além disso, garante a inclusão de assentados da reforma agrária em novas rotas produtivas e adapta a oferta de crédito às diversidades regionais.
 
De acordo com o MDA, até abril de 2015, do total da oferta de crédito do Pronaf, já foram acessados R$ 20,7 bilhões, cerca de 85% em contratos que já passam de 1,6 milhão. Do total do volume contratado, a maior parte, 55%, foi utilizado em investimentos (máquinas, colheitadeiras, roçadeiras).
 
 Baixa inadimplência
 
Segundo o diretor de Financiamento e Proteção à Produção da Secretaria de Agricultura Familiar do ministério, João Luiz Guadagnin, os contratantes de crédito do Pronaf são excelentes pagadores. A inadimplência média no Pronaf gira em torno de 1%, "uma das menores de todas as políticas e programas de crédito do Brasil”.
 
Guadagnin afirma que o aperfeiçoamento das linhas de crédito são fruto de um diálogo permanente que o ministério mantém com as representações de agricultores familiares e agentes financeiros, rede de assistência técnica e extensão rural, além da área econômica e de desenvolvimento do governo. "O trabalho de parceria é a marca do Pronaf. Essa ação perdurará e fortalecerá o Programa”, garante Guadagnin.
 
 
Fonte:
Portal Brasil, com informações do Ministério do Desenvolvimento Agrário
 
 
 

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