A falta de escrúpulos e a ganância dos controladores do mercado
financeiro e seus tentáculos no mercado produtivo desnudadas no recente e escandaloso
esquema de corrupção da gigante do setor varejista “Lojas Americanas” mostram
as contradições do discurso de que somente o setor privado conseguiria administrar
e executar as políticas de investimento do Estado mantendo a idoneidade no
processo.
Os três acionistas
majoritários das Americanas Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles
são acusados pelos bancos credores de maquiarem as contas da empresa para
esconder um rombo bilionário.
A princípio foi especulado que a fraude seria de 20 bilhões,
entretanto, ao entrar com o processo de recuperação judicial foi constatado que
o rombo nas Americanas é de mais de 40 bilhões. Ou seja, mais que o dobro do
que foi especulado inicialmente.
Para piorar a situação, reportagem da revista Veja traz denúncias da
Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) de que os três
envolvidos no escândalo das Americanas são suspeitos de operações fraudulentas
em operações fiscais da AMBEV, também controladas por eles.
Segundo estudo feito pela consultoria AC Lacerda a pedido da Associação
Brasileira da Indústria da Cerveja, as operações fraudulentas ocorreram desde
2017 quando a Receita Federal detectou em relatórios de fiscalização 'bilhões e
bilhões de ilícitos tributários cometidos pelos fabricantes de concentrados de
refrigerantes na Zona Franca de Manaus'.
Enquanto isso, o dito “mercado” apoiado pela grande mídia não dá um
pio sobre todo esse escândalo financeiro que tem o poder de destruir milhares
de famílias, por outro lado ficam a fazer terrorismo em relação aos
investimentos sociais anunciados pelo governo LULA para proteger a população
brasileira contra a fome.
A hipocrisia, a mentira e o poder financeiro são os maiores algozes
do povo brasileiro e a grande mídia tem sido responsável pela disseminação e
amplificação desses males em nossa sociedade sempre protegendo os criminosos de
colarinho branco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário