Governo federal instala hoje a Mesa Permanente de Negociação com
os trabalhadores do setor público federal. Esse é um importante instrumento
para valorização dos serviços e servidores públicos.
Após sete anos sendo desprezados e até mesmo desqualificados pelo governo
federal, os servidores públicos federais terão a partir de hoje a oportunidade de
mais uma vez poder discutir as condições em que se encontram os serviços públicos
além de reivindicar melhorias para as condições de trabalho da categoria. Tudo isso
perpassa ainda pela recomposição salarial dos servidores que estão há mais de
sete anos sem qualquer reajuste, seja em seus vencimentos ou até mesmo nos benefícios.
O longo tempo sem reajuste e a perda do poder de compra por conta das
perdas inflacionárias têm criado muitas expectativas em relação ao
funcionamento da mesa nacional de negociação. Entretanto é preciso
entender que neste primeiro momento dificilmente a categoria irá conseguir
recuperar todas as perdas do período, inclusive porque o governo anterior não
deixou margem no orçamento aprovado esse ano para que houvesse sequer recomposição
inflacionária para todos os servidores.
As entidades que compõem o fórum dos servidores públicos estão se
organizando para nesse primeiro momento aprovar junto à mesa um reajuste
emergencial para toda a categoria independente do ramo e colocando para uma
discussão mais ampla as especificidades de cada setor.
“É importante que os trabalhadores entendam que após anos de desmonte dos
serviços públicos e descaso com os servidores não conseguiremos resolver todas
as pendências nesse primeiro momento. Temos que enaltecer a boa vontade do
governo em reabrir as negociações e entender que o processo está só recomeçando”,
disse Manoel Lages, presidente estadual da CUT e servidor público federal.
O diretor de formação da Condsef, José Figueiredo também chama a atenção da
categoria para a necessidade do entendimento de que nada será resolvido imediatamente.
“É necessário entender que hoje será somente a instalação da mesa de
negociações e fica totalmente descartado sair com percentual definido uma vez que
ainda iremos começar o processo de negociações. Vale lembrar que a
Condsef/Dieese, têm estudos que já foram apresentados em abril/22, para o então
candidato Lula e sua equipe”, disse Figueiredo.
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