Em sua jornada desenfreada
para destruir o Brasil e entregar nossas riquezas ao capital estrangeiro, o
governo Bolsonaro através do ministro da economia Paulo Guedes força a barra
para aprovação no senado da chamada "PEC Emergencial" que prevê
redução de 25% da jornada de trabalho dos servidores públicos federais com
corte salarial.
Para convencer os
senadores, Paulo Guedes diz que a mudança representaria uma diminuição de R$ 7
bilhões ao ano no orçamento. O que ele não revela é que o ponto central da
proposta será a redução nos atendimentos ao público e acarretará uma demora
ainda maior no andamento dos processos.
Essa é mais uma
tentativa de sucatear os serviços públicos e assim precarizar o atendimento
para criar descontentamento nos usuários e preparar o terreno para privatização
em massa.
O discurso
carcomido de que a máquina estatal federal está inchada é falacioso e
irresponsável. Segundo recente pesquisa realizada e divulgada pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), hoje o Brasil possui praticamente a mesma quantidade
de servidores federais que tinha na década de 80 do século passado, mesmo tendo
sua população aumentada em quase cem milhões nesse mesmo período, aumentando consideravelmente
a demanda por atendimento gratuito e de qualidade para todos.
Para o presidente
da CUT Maranhão, Manoel Lages Mendes Filho, que é servidor do Ministério da
Saúde, a situação na área da saúde, por exemplo, já está muito ruim por conta
da emenda 95 – congelou os investimentos por 20 anos – e agora com a redução
das jornadas de trabalho o atendimento ficará ainda mais precário.
“Quem mais sofre
com isso é a população mais pobre que não tem condições de pagar planos de
saúde e depende do atendimento pelo SUS. Com a diminuição da jornada e
impossibilidade de contratar mais servidores, as filas irão aumentar e situação
tende a ficar caótica”, afirmou Manoel Lages.
A Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em seus levantamentos coloca o
Brasil entre os países com maior déficit de servidores públicos em relação à população
economicamente ativa.
O secretário Geral
da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal – Condsef, Sergio
Ronaldo da Silva entende que muito mais importante que a questão corporativa
salarial é a questão da precarização do atendimento ao público – principal
razão de ser dos servidores – que hoje já não é suficiente e com essa medida
tende a piorar muito. "O que vislumbramos é um futuro caótico
para a sociedade", comentou, Sérgio Ronaldo.
Atos
Neste fim de
semana, 450 dirigentes sindicais vindos de todo o Brasil se reunirão na capital
federal para o XIII Concondsef
e para o IV Confenadsef, instâncias máximas de deliberação da
categoria dos servidores públicos federais. Na ocasião, reforma administrativa,
redução de jornada de trabalho dos servidores, privatizações em massa de
empresas estatais, revogação do Teto de Gastos e construção da Greve
Geral de 18 de março, além de outras ações, devem ser os temas principais
dos debates.
Com informações de www.condsef.org.br
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