sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Governo Bolsonaro ataca os mais pobres novamente


Em sua jornada desenfreada para destruir o Brasil e entregar nossas riquezas ao capital estrangeiro, o governo Bolsonaro através do ministro da economia Paulo Guedes força a barra para aprovação no senado da chamada "PEC Emergencial" que prevê redução de 25% da jornada de trabalho dos servidores públicos federais com corte salarial.
Para convencer os senadores, Paulo Guedes diz que a mudança representaria uma diminuição de R$ 7 bilhões ao ano no orçamento. O que ele não revela é que o ponto central da proposta será a redução nos atendimentos ao público e acarretará uma demora ainda maior no andamento dos processos.
Essa é mais uma tentativa de sucatear os serviços públicos e assim precarizar o atendimento para criar descontentamento nos usuários e preparar o terreno para privatização em massa.
O discurso carcomido de que a máquina estatal federal está inchada é falacioso e irresponsável. Segundo recente pesquisa realizada  e divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), hoje o Brasil possui praticamente a mesma quantidade de servidores federais que tinha na década de 80 do século passado, mesmo tendo sua população aumentada em quase cem milhões nesse mesmo período, aumentando consideravelmente a demanda por atendimento gratuito e de qualidade para todos.
Para o presidente da CUT Maranhão, Manoel Lages Mendes Filho, que é servidor do Ministério da Saúde, a situação na área da saúde, por exemplo, já está muito ruim por conta da emenda 95 – congelou os investimentos por 20 anos – e agora com a redução das jornadas de trabalho o atendimento ficará ainda mais precário.
“Quem mais sofre com isso é a população mais pobre que não tem condições de pagar planos de saúde e depende do atendimento pelo SUS. Com a diminuição da jornada e impossibilidade de contratar mais servidores, as filas irão aumentar e situação tende a ficar caótica”, afirmou Manoel Lages.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em seus levantamentos coloca o Brasil entre os países com maior déficit de servidores públicos em relação à população economicamente ativa.
O secretário Geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal – Condsef, Sergio Ronaldo da Silva entende que muito mais importante que a questão corporativa salarial é a questão da precarização do atendimento ao público – principal razão de ser dos servidores – que hoje já não é suficiente e com essa medida tende a piorar muito. "O que vislumbramos é um futuro caótico para a sociedade", comentou, Sérgio Ronaldo.
Atos
Neste fim de semana, 450 dirigentes sindicais vindos de todo o Brasil se reunirão na capital federal para o XIII Concondsef e para o IV Confenadsef, instâncias máximas de deliberação da categoria dos servidores públicos federais. Na ocasião, reforma administrativa, redução de jornada de trabalho dos servidores, privatizações em massa de empresas estatais, revogação do Teto de Gastos e construção da Greve Geral de 18 de março, além de outras ações, devem ser os temas principais dos debates.
Com informações de www.condsef.org.br

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