segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A crise e os emergentes

A crise financeira desencadeada nos Estados Unidos tem feito com que os líderes mundiais voltem a se encontrar para tomar decisões de comum acordo, e aplicar as medidas aprovadas simultaneamente mundo afora. Este é o caso do encontro entre os 20 países mais desenvolvidos no mundo – o G20 – que aconteceu em São Paulo nos últimos dois dias. A iniciativa seria muito boa, se realmente estas decisões não fossem apenas imediatistas. Nós precisamos que todos os países tenham voz, e que algum mecanismo possa garantir esse direito.

Não podemos mais aceitar que os dirigentes dos países ricos só lembrem de perguntar a opinião dos países emergentes quando precisam referendar uma posição já tomada pelo G 07. O governo brasileiro tem feito muito nesse sentido. Desde os primeiros dias do governo Lula, o Ministério de Relações Exteriores tem buscado a parceria de outros países emergentes no intuito de criar as condições necessárias para ampliar o poder de negociação desse grupo de nações.

A ONU quando foi criada em substituição à Liga das nações tinha o objetivo de adequar as relações entre os países depois da nova divisão geográfica do mundo por conta das grandes guerras da primeira metade do século XX. Agora precisamos rever as relações entre as nações por conta principalmente das relações econômicas e de consumo.

A grande vantagem dos momentos de turbulências é a capacidade de gerar as mudanças necessárias para o enfrentamento das dificuldades. Sejam elas quais forem. Como os próprios defensores do capitalismo afirmam: É nos momentos de crise que aparecem as oportunidades. Sendo assim, que eles não percam essa chance para construir uma nova forma relacionamento entre as nações.

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