Nesta quinta-feira
(7), Dia do Radialista, a presidenta Dilma Rousseff assinou, no Palácio do
Planalto, o decreto que autoriza a migração das emissoras de rádio que operam
na faixa AM para a faixa FM. A mudança atende a uma antiga solicitação dos
radiodifusores e o setor espera que as rádios AM recuperem a audiência. As
emissoras terão prazo máximo de um ano para solicitar a mudança da frequência
de AM para FM. Essas emissoras foram prejudicadas não só por causa da
interferência no sinal de transmissão, mas também porque não podem ser
sintonizadas por dispositivos móveis, como celulares ou aparelhos mais
modernos.
Em solenidade no
Palácio do Planalto, a presidenta ressaltou o papel das rádios na integração de
habitantes de todas as regiões do país, ao falar da importância da migração.
“Na Amazônia, no interior do Semiárido, nos nossos pampas ou no meio do
Pantanal, são essas as rádios que são os instrumentos de conexão entre as
pessoas que integram a nossa população. Entre essas pessoas e seu país. As
rádios AM são um verdadeiro patrimônio no nosso país. Por isso é importante que
os estado crie condições para que continuem prestando seus serviços e se
adaptem às mudanças da tecnologia no mercado das comunicações”, enfatizou
Dilma.
Ela ainda reforçou
a relevância histórica das emissoras de rádio na disseminação de cultura e
informação pelo território brasileiro. Ao fazer menção à interrupção das
transmissões da rádio Mayrink Veiga em 1964, durante a ditadura militar, a
presidenta falou sobre sua própria experiência como ouvinte, durante esse
período. “Nos duros anos de prisão, as notícias e as músicas chegavam também
através do rádio. Algumas vezes pelo fato de que nós, por causa do sinal AM,
conseguíamos acessar rádios internacionais”, lembrou Dilma.
Qualidade de transmissão
A faixa FM possui
cobertura com maior qualidade de transmissão, o que explica o gradual
desinteresse na continuidade da prestação do serviço de AM. Atualmente 1.772
emissoras operam na frequência AM em todo o Brasil e estão divididas de acordo
com o alcance: local, regional ou nacional.
“Ao assinar o
decreto, faço justiça a radialistas e às rádios AM espalhadas por esse imenso
território. A migração que acabamos de autorizar vai melhorar a qualidade da
transmissão. Com menos ruído, com menos interferência, as atuais rádios AM vão
manter seus ouvintes e até poderão aumentar a audiência, ganhando mais poder de
negociação com anunciantes”, afirmou Dilma.
“Essa mudança de
faixa vai também propiciar melhores condições técnicas par que rádios façam,
por meio de novos aplicativos, a transmissão para celulares e tablets, via
internet”, disse a presidenta.
Prazo de um ano para solicitação
De acordo com o
Ministério das Comunicações, as emissoras terão prazo máximo de um ano para
solicitar a mudança da frequência de AM para FM e, depois da autorização, elas
poderão continuar operando nas duas faixas por um período de cinco anos, até a
migração definitiva.
De acordo com o
ministro Paulo Bernardo, “o ministério tem se esforçado para modernizar e
aperfeiçoar a radiodifusão. Desde 2011 nosso trabalho tem sido de simplificar
processo e melhorá-los, incentivando a massificação da radiodifusão. Queremos
expandi-la, mas com qualidade”, reforçou.
Segundo o ministro,
a partir de 1º de janeiro os interessados poderão solicitar as migrações.
“Contudo, aqueles que preferirem permanecer na frequência AM, podem fazer e
poderão melhorar seu sinal”, finalizou.
(Portal Brasil)
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