Num balanço apresentado à Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil sobre os resultados e ações do Plano Brasil Sem Miséria nesta
terça (30), a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza
Campello, demonstrou que o programa reduziu a desigualdade social no Brasil.
Como exemplo da diminuição da pobreza no Brasil, a
ministra lembrou que o Brasil atingiu a meta dos Objetivos de Desenvolvimento
do Milênio (ODM) de redução de pobreza pela metade em 2006, bem antes da data
fixada pela conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000, fixada
para 2015.
Mas a ministra falou também dos desafios para se
avançar com maior rapidez neste campo. Para a ministra, é obrigação do Estado
ir atrás dessa população para que as pessoas tenham conhecimento dos seus
direitos e das oportunidades oferecidas pelo governo. Mas, ainda segundo ela,
“o serviço público precisa ser reorganizado para o Estado chegar à população de
pobreza extrema”.
Conquistas do Plano Brasil sem Miséria
O Brasil Sem Miséria foi criado em junho de 2011
para atender à população em pobreza extrema. Atualmente, 16 milhões de pessoas
estão nessa situação, sendo que 60% delas no Nordeste. A maioria tem menos de
15 anos.
Em agosto, no balanço de um ano do Brasil Sem
Miséria, o MDS divulgou a informação de que foram incluídas no Bolsa Família
687 mil famílias, que passou a atender a 13,5 milhões das 16,2 milhões de
famílias brasileiras com renda mensal inferior a R$ 70,00 por pessoa.
Outros dados do balanço de um ano são que este
conseguiu aumentar os recursos destinados ao programa em 40%. Antes, somavam
0,38% do PIB. Agora, são 0,46%. Ampliou o benefício médio de R$ 96 para R$ 134.
Criou uma série de ações com focos nas crianças, como o Brasil Carinhoso, que
reduziu a miséria na faixa etária de 0 a 6 anos em 62%. Ofereceu mais de mil
atendimentos no meio rural, em especial assistência técnica para 170 mil
famílias, energia elétrica para outras 114 mil e cisternas para 111 mil.
Nas cidades, o Brasil sem Miséria criou 256 mil
vagas de qualificação profissional, que atenderam 123 mil inscritos. Repassou
recursos para a construção de 2.077 novas unidades de saúde e triplicou o
número de escolas em áreas de extrema pobreza.
As ações do programa têm foco em garantir renda a
essas populações, o acesso dessa população a serviços públicos e incentivar a
inclusão produtiva.
Fonte:Linha Direta
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