O dia 20 de novembro no Brasil representa um
importante momento da história para grande parte da população, que é
representada por negros e pardos. A data lembra a morte do líder Zumbi dos
Palmares, que lutou pela libertação dos negros escravizados durante o período
colonial no País.
O Brasil tem aproximadamente 1.209 comunidades
quilombolas em 143 áreas já tituladas, segundo levantamento da Fundação
Cultural Palmares, órgão do Ministério da Cultura. Elas estão em todos os
estados, exceto no Acre, Roraima e Distrito Federal. As maiores populações de
quilombolas estão na Bahia, Maranhão, Minas Gerais e Pará.
A adesão ao feriado ou instituição de ponto
facultativo é decisão legal de cada estado ou município. Mais de 700 cidades já
adotaram o feriado, quando é comemorado o Dia da Consciência Negra. Saiba
quais cidades decretaram o
feriado.
A data é considerada como uma ação afirmativa de
promoção da igualdade racial e uma referência para a população afrodescendente
dedicada à reflexão sobre as consequências do racismo e sobre a inserção do
negro na sociedade brasileira.
Caso seja sancionado pela Presidência da República
o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, será o primeiro feriado do País
originário da mobilização do movimento negro e o nono feriado nacional,
juntamente com as seguintes datas: 1º de janeiro (Confraternização Universal),
21 de abril (Tiradentes), 1º de maio (Dia do Trabalho), 7 de setembro
(Independência do Brasil), 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida), 2 de
novembro (Finados), 15 de novembro (Proclamação da República) e 25 de dezembro
(Natal).
Zumbi
O dia 20 de novembro relembra a morte de Zumbi dos
Palmares, que aconteceu em 1695. Zumbi foi um dos principais líderes do
Quilombo do Palmares, em Alagoas, uma das áreas usadas pelos escravos quando
fugiam do domínio dos senhores de engenho.
As primeiras referências à Palmares são de 1580, na
região da Serra da Barriga, onde fica hoje o Parque Memorial Quilombo dos
Palmares. Há estimativas de que o quilombo resistiu a mais de 100 anos.
O líder do Quilombo dos Palmares, no final do
século XV, era Ganga Zumba, tio de Zumbi. Em 1678, o governador da Capitania de
Pernambuco ofereceu um acordo de paz a Ganga Zumba, que aceitou, mas nem todos
concordaram. Aconteceu, então, uma rebelião, liderada por Zumbi, que governou o
grupo por 15 anos. Foram necessárias 18 expedições do governo português,
liderados por bandeirantes, para erradicar Palmares.
Zumbi adotou uma estratégia de defesa baseada em táticas
de guerrilha. Os bandeirantes descobriram, por meio de um delator, o
esconderijo do líder. E em 20 de novembro de 1695, eles mataram Zumbi em uma
emboscada. Sem outra liderança, Palmares sobreviveu até 1710, quando se desfez.
Desde 1995, Zumbi faz parte do panteão de Herois da Pátria.
Os quilombolas, nome dado atualmente aos
descendentes dos moradores dos antigos quilombos, são reconhecidos e suas áreas
são demarcadas. Assim, ajudam manter a tradição e a cultura negra.
Quilombolas
Os quilombolas são os descendentes dos habitantes
dos quilombos. Em sua maioria, formada por escravos negros que fugiram do
cativeiro na época da escravidão no Brasil. Eles escapavam dos engenhos de
cana-de-açúcar ou fazendas de café e se refugiavam nos quilombos, locais de
resistência e proteção.
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