quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Pacto para alfabetização até os oito anos de idade terá aporte de R$ 600 milhões



Mais R$ 600 milhões serão investidos no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que foi lançado na última semana pelo governo federal. Com o reajuste, agora serão aplicados no programa R$ 3,3 bilhões em dois anos. A meta do pacto é alfabetizar crianças com até oito anos de idade, ao final do terceiro ano do ensino fundamental.

No programa de rádio semanal Café com a Presidenta da última segunda-feira (12), a presidenta Dilma Rousseff anunciou reajuste de R$ 50 nos valores que serão pagos aos 360 mil professores alfabetizadores. Agora, o valor pago será de R$ 200, para que os professores participarem do curso de formação.

A bolsa dos 18 mil professores orientadores também teve reajuste, de R$ 15 reais, e ficará em R$ 765 por mês. Cursos de 200 horas, que visam uniformizar procedimentos educacionais em todo o País, serão preparados, agora, por 36 universidades públicas.
Para a presidenta, o programa terá impacto nos índices de desigualdade e exclusão no País. “O Alfabetização na Idade Certa vai ajudar toda criança a ter o aprendizado adequado para continuar estudando e, lá na frente, usar todas as oportunidades que encontrar para progredir na vida.”

 Medidas
O principal eixo do pacto é a formação continuada de 360 mil professores alfabetizadores. Os cursos terão duração de dois anos: no primeiro ano, com ênfase em linguagem; e no segundo, em matemática. Os cursos serão totalmente custeados pela União e oferecidos no próprio município no qual o professor trabalha.
A formação será supervisionada por, aproximadamente, 18 mil orientadores de estudo, selecionados dentro da própria rede pública, pela experiência em alfabetização e coordenação pedagógica.

O material necessário para garantir, a cerca de, oito milhões de alunos o processo da alfabetização plena nos três primeiros anos do ensino fundamental será fornecido pelo Ministério da Educação (MEC). Serão distribuídos 26,5 milhões de livros didáticos nas escolas de ensino regular e do campo, além de 4,6 milhões de dicionários, 10,7 milhões de obras de literatura e 17,3 milhões de livros paradidáticos. O pacto vai assegurar, ainda, uma pequena biblioteca em cada sala de alfabetização.

Outro destaque será a criação de um sistema de avaliação que irá medir o nível de alfabetização, para o qual professores e escolas serão capacitados. As instituições de ensino realizarão provas diagnósticas, além das aferições do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), aplicadas para o segundo e terceiro anos do ensino fundamental. A iniciativa busca suprir a falta de um exame oficial que indique se crianças estão sendo alfabetizadas ou não na idade correta.

Haverá ainda um sistema de incentivo a escolas e professores que mais avançarem no processo de alfabetização, que destinará, no primeiro ano, R$ 500 milhões para premiação.

Adesão
O compromisso foi firmado entre governo federal, prefeituras, governos estaduais e do Distrito Federal, com adesão de todas as secretarias estaduais de educação e de 5.270 municípios. As redes municipais e estaduais deverão aderir ao programa para receber recursos e o apoio técnico do MEC. 


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