Mais
R$ 600 milhões serão investidos no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade
Certa, que foi lançado na última semana pelo governo federal. Com o reajuste,
agora serão aplicados no programa R$ 3,3 bilhões em dois anos. A meta do pacto
é alfabetizar crianças com até oito anos de idade, ao final do terceiro ano do
ensino fundamental.
No
programa de rádio semanal Café
com a Presidenta da última segunda-feira (12), a presidenta Dilma
Rousseff anunciou reajuste de R$ 50 nos valores que serão pagos aos 360 mil
professores alfabetizadores. Agora, o valor pago será de R$ 200, para que os
professores participarem do curso de formação.
A
bolsa dos 18 mil professores orientadores também teve reajuste, de R$ 15 reais,
e ficará em R$ 765 por mês. Cursos de 200 horas, que visam uniformizar
procedimentos educacionais em todo o País, serão preparados, agora, por 36
universidades públicas.
Para
a presidenta, o programa terá impacto nos índices de desigualdade e exclusão no
País. “O Alfabetização na Idade Certa vai ajudar toda criança a ter o
aprendizado adequado para continuar estudando e, lá na frente, usar todas as
oportunidades que encontrar para progredir na vida.”
Medidas
O
principal eixo do pacto é a formação continuada de 360 mil professores
alfabetizadores. Os cursos terão duração de dois anos: no primeiro ano, com
ênfase em linguagem; e no segundo, em matemática. Os cursos serão totalmente
custeados pela União e oferecidos no próprio município no qual o professor
trabalha.
A
formação será supervisionada por, aproximadamente, 18 mil orientadores de
estudo, selecionados dentro da própria rede pública, pela experiência em
alfabetização e coordenação pedagógica.
O
material necessário para garantir, a cerca de, oito milhões de alunos o
processo da alfabetização plena nos três primeiros anos do ensino fundamental
será fornecido pelo Ministério da Educação (MEC).
Serão distribuídos 26,5 milhões de livros didáticos nas escolas de ensino
regular e do campo, além de 4,6 milhões de dicionários, 10,7 milhões de obras
de literatura e 17,3 milhões de livros paradidáticos. O pacto vai assegurar,
ainda, uma pequena biblioteca em cada sala de alfabetização.
Outro
destaque será a criação de um sistema de avaliação que irá medir o nível de
alfabetização, para o qual professores e escolas serão capacitados. As
instituições de ensino realizarão provas diagnósticas, além das aferições do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep),
aplicadas para o segundo e terceiro anos do ensino fundamental. A iniciativa
busca suprir a falta de um exame oficial que indique se crianças estão sendo
alfabetizadas ou não na idade correta.
Haverá
ainda um sistema de incentivo a escolas e professores que mais avançarem no
processo de alfabetização, que destinará, no primeiro ano, R$ 500 milhões para
premiação.
Adesão
O
compromisso foi firmado entre governo federal, prefeituras, governos estaduais
e do Distrito Federal, com adesão de todas as secretarias estaduais de educação
e de 5.270 municípios. As redes municipais e estaduais deverão aderir ao
programa para receber recursos e o apoio técnico do MEC.
Fonte:
Agência Brasil
Portal Brasil
Agência Brasil
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